Gastón Burlón, ex-secretário de Turismo de Bariloche, faleceu nesta segunda-feira (13) no Rio de Janeiro, após permanecer em coma por um mês. O executivo foi atingido por um tiro na cabeça no dia 12 de dezembro ao entrar por engano na comunidade do Escondidinho, no Rio Comprido, enquanto seguia com a família para o Cristo Redentor. Ele estava acompanhado da esposa, Nádia Loza, e de seus filhos, quando o GPS os direcionou para a área controlada pelo Comando Vermelho.
Segundo Nádia, o trajeto parecia seguro até que dois homens armados abordaram o veículo. “Após quatro tiros disparados, o carro perdeu o controle e bateu em um muro. Nossos filhos ficaram desesperados”, relatou ela ao jornal argentino Clarín. O ex-secretário de Turismo da Argentina foi socorrido e encaminhado ao Hospital Souza Aguiar, mas não resistiu aos ferimentos.
O governo de Bariloche emitiu nota lamentando a perda de Burlón, exaltando sua atuação no setor de turismo. “Gastón foi uma referência comprometida e visionária, cujo trabalho marcou um contributo significativo para aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e trabalhar ao seu lado”, destacou o comunicado oficial.
A morte foi confirmada pela emissora Canal 10, da Patagônia, que destacou que o argentino apresentou leve melhora antes da piora em seus últimos dias. A Embaixada do Brasil na Argentina também manifestou pesar pelas redes sociais, solidarizando-se com familiares e amigos. Burlón, que atuava no turismo desde 2000, era proprietário de uma agência de viagens e figura conhecida em Bariloche, conforme o jornal argentino La Nación.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou Sandro da Silva Vicente, conhecido como Sandrinho, como o principal suspeito pelo crime. Ele é morador do Morro dos Prazeres e tem mais de 20 passagens criminais. Equipes da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat) realizaram operações em comunidades próximas, mas o suspeito segue foragido. As investigações continuam, com o mandado de prisão ativo.