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Opinião

Turismo no Brasil: se não tem dinheiro, não é prioridade!

Há mais de duas décadas, tenho militado e acompanhado as políticas públicas destinadas ao Turismo Brasileiro. Sai governo e entra governo, mas o Setor tem vivido de migalhas, ou melhor, de sobras orçamentárias, sendo um dos últimos no ranking do maior para o menor. E o pior de tudo é que, quando há necessidade de corte no orçamento do Governo Federal, um dos primeiros a ser “degolado” é o Turismo. Isso foi recorrente esse tempo todo.

Agora, que há um esforço do Governo atual em consolidar um trabalho que já vem sendo desenvolvido há alguns anos, no sentido de descentralizar os recursos do SEBRAE para fortalecer a EMBRATUR como uma Agência que poderá transformar o cenário caótico do Turismo Nacional que patina, há anos, em um pouquinho mais de 6 milhões de turistas, querem impedir a medida acertada do Presidente em priorizar o Turismo e destinar um recurso mais robusto para promover e divulgar esse Brasil de vários brasis, e conquistar o interesse dos mais de 1 bilhão e 400 milhões de turistas que viajaram em 2018 para muitos países, dos quais, alguns são detentores de atrativos que recebem mais turistas que o Brasil, como é o caso do Museu do Louvre na França que recebe, em média, 8 milhões de turistas/ano.

E o que dizer do Vietnã que ressurgiu das cinzas e recebe 13 milhões/ano de turistas internacionais?

Atualmente, é impossível competir com países que investem valores estratosféricos para seduzir e convencer ao turista de que seu país é o melhor destino para viajar. Embora o Brasil seja um país ainda com muitas mazelas na infraestrutura básica e de apoio turístico, com problemas sérios na aviação regional e com o custo Brasil que é o grande vilão da história, sem dúvida alguma, a nova EMBRATUR com mais recursos e com a liberdade para atuar, em parceria, junto ao trade turístico nacional e internacional e aos formadores de opinião, esses ajustes acontecerão automaticamente e o país sairá da inércia do fluxo Internacional pífio. Esse dinheiro no SEBRAE, até hoje, não mudou em nada, o cenário turístico no Brasil.

Tá na hora de priorizar o Turismo que oxigena mais de 52 outras atividades e é o setor que funciona como um ciclo virtuoso, fazendo com que o dinheiro entre no país e contribua com o Superávit Nacional.

É uma injeção na veia! Tenho dito!

Oreni Braga é presidente do Instituto de Ecoturismo e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia – IEDAM e Mestre em Gestão e Auditoria Ambiental Especialista em Ecoturismo, Planejamento de Parques e Design de Ecolodges

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