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Agências e Operadoras

Magda Nassar: “Inovação é a chave para acompanhar as mudanças”

 

Magda Nassar, presidente da Braztoa

Magda Nassar, presidente da Braztoa

Após dois anos frente à entidade que representa as operadoras de turismo, Magda Nassar foi reeleita presidente da Braztoa. Nesta entrevista, ela avalia as inovações como o fortalecimento da equipe e a promoção de Monica Samia para CEO; e os eventos Experiência Braztoa, com um formato diferenciado e que rodou o país em 2016. Para a dirigente, o setor já vive uma recuperação, no entanto, acredita que as constantes transformações e inovações tecnológicas exigem cada vez mais de operadores e agentes de viagens, que devem estar atentos a estas mudanças.

MERCADO & EVENTOS – Qual balanço você faz desses primeiros dois frente à Braztoa?Magda Nassar – Este primeiro mandato foi de muitas mudanças,que foram preparadas durante a presidência interina após a saída do Marco Ferraz para a CliaAbremar. Aproveitamos para fazer as alterações no estatuto. Foi um caminho que sabíamos que iríamos trilhar. Foi muito produtivo lançar um novo olhar sob a equipe, com a Monica Samia como CEO. Trabalhamos muito e tivemos muitos desafios. A Monica me guiou, assim como eu a guiei e, juntas, conseguimos trabalhar muito bem.

A esperada mudança no estatuto para que a entidade tenha um presidente-executivo já está em andamento?
Iríamos fazer isso no final no primeiro mandato. Mas como é uma mudança radical, decidimos esperar. Uma entidade com 27 anos tem a suas características e os seus associados. Não é a decisão apenas do Conselho, pois temos 90 associados. Estamos maturando e pensando em como fazer isso, tanto juridicamente, como no dia a dia. O fato é que vamos sim mudar, mas vamos apresentar e queremos uma aprovação de peso. Uma mudança deste tamanho sempre gera dúvidas. Resolvemos esperar, porquequeremos que todos associados se sentissem confortáveis.

M&E – O que não deu tempo de fazer neste primeiro mandato e que será colocado em prática nos próximos dois anos?
Tem uma demanda muito grande no Rio de Janeiro do nosso evento, com lista de espera, patrocinadores e agentes querendo participar. Não tivemos tempo de maturar e fazer este evento crescer, o que é muito importante. Estamos bastante focados nisso para o ano que vem. Além disso, temos demandas institucionais, que levam muito tempo. Muitas coisas que achamos que estariam resolvidas, como nossos pleitos referentes à Lei Geral do Turismo, não estão. Estamos em uma discussão saudável com MTur, porque não aceitamos ficar de fora das mudanças desta lei. Tudo que foi proposto até agora é muito técnico e não serve para nós. Vários pleitos conjuntos com Abav ,Clia e Abracorp não foram integrados.

M&E – Com o sucesso do Encontro Comercial no Rio de Janeiro, vocês pretendem levar este modelo para outras cidades?
O que fazemos hoje no Rio de Janeiro é o modelo tradicional do nosso Encontro Comercial. Além disso, incrementamos os nossos eventos com o Experiências, que já está hoje muito consolidado. Neste ano serão quatro eventos, mas em 2018 faremos nas cinco macro regiões. Tanto operadores como agentes de viagens gostaram do formato, que inclui experiências e comercialização.A Braztoa tem esta característica de ouvir o mercado, refletir e trabalhar para que seja entregue alguma coisa inovadora.No Experiências, os agentes passam um dia estudando e conhecendo os produtos eas mudanças do mercado, além de poder conversar com cada uma das operadoras. Acredito que entregamos o que falta no mercado quando falamos de eventos.

M&E – No ano passado, as operadoras tiveram um crescimento de 3% no faturamento. Você acredita que este ano será melhor?
Somente no primeiro trimestre, há operadoras com vendas entre 40 e 50% acima do mesmo período do ano passado. No entanto, esta é uma realidade muito relativa, uma vez que os três primeiros meses de 2016 foram muito ruins, pois tivemos o impasse do imposto, crise política e o câmbio subindo. Estamos em um lento processo de recuperação, mas ainda estamos em um país muito complicado, o que torna as coisas mais instáveis. O aumento do ano passado se deve muito aos destinos nacionais. Agora, sentimos mais uma recuperação do internacional. Esperamos um segundo semestre melhor, mas este ainda não é o ano da grande recuperação.

M&E – Quais são os principais projetos para esses próximos dois anos da Braztoa?
Optamos por fortalecer alguns projetos e abandonar outros. O Experiências é o principal, junto com o Passaporte, que é incentivo para os agentes. Estamos trabalhando para renovar com a WTM e renovamos com a Abav. Estamos muito empenhados no nosso projeto de inovação em parceria com o Sebrae. É um grande concurso de startups e, no final, pretendemos entregar uma solução que agregue ao mercado.

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