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Aviação

Após dois anos, Latam volta a ter resultados positivos em 2017

Jerome Cadier, CEO da Latam

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

Foram dois anos de resultados negativos, cancelamento de voo e redução da malha aérea. Mas em 2017, a Latam Airlines volta a ver seus resultados crescendo – os dados consolidados saem em janeiro. Segundo Jerome Cadier, CEO da companhia no Brasil, devido aos novos voos do Nordeste e do internacional, a aérea terá bons resultados. “Não chegamos aos números de 2015, mas já identificamos um crescimento para o ano, não em voo ponto a ponto, mas principalmente em conectividade”, comentou.

Em um encontro com a mídia, o primeiro como CEO da Latam, Jerome Cadier falou sobre as principais atividades da companhia neste ano, como as mudanças no jeito de voas (produtos e serviços), maior e melhor conectividade nacional e internacional com voos próprios, e competitividade para assegurar a rentabilidade e a sustentabilidade a longo prazo. Além de analisar o cenário do setor aéreo e suas transformações.

Segundo Cadier, nos últimos 15 anos o setor passou de 30 milhões de passageiros para 100 milhões e a um preço reduzido quase que pela metade. “Cada vez mais o setor está passando por uma ‘comoditização’. E essa mudança já acontece em outros países, estamos voando mais que no passado com uma maior capacidade de escolha e maior customização”, afirmou.

Apesar dos últimos dois anos de crise ter afetado de forma profunda as aéreas, o segmento já dá indícios de melhora, mesmo em meio a tantas mudanças. Primeiro com o lazer e mais recentemente com o corporativo. “Ainda assim, a Latam neste ano marcou presença com sua nova marca, buscou competitividade nas tarifas, melhorou seu programa de fidelidade, lançou novos produtos e serviços, aumentou sua malha doméstica e internacional, e investiu em uma operação mais eficiente”, lembrou.

Entre as principais mudanças que o CEO apresentou estão o investimento em tecnologia para rastreamento de bagagem (que hoje tem uma ocorrência 40% abaixo da média mundial), a redefinição do conceito de alimentação a bordo das aeronaves e a implementação do Mercado Latam, e a nova forma de viajar no doméstico com a opção de escolha dos serviços que o passageiro quer pagar como despacho de bagagem, alimentação e assento, por exemplo. “É uma forma mais justa de pagar por aquilo que você deseja em um voo”, opinou.

AGENDA 2018

Entre as ações que a Latam pretende para 2018 estão:
– Mudança do sistema de reserva da Amadeus para Sabre, para integrar todos os sistemas Latam no mundo;
– Investir no setor corporativo e instalar wifi em toda a sua frota a partir de abril e até 2019;
– Reconfigurar as cabines business de parte (ou a totalidade, ainda sem definição) dos 777s.
– Inaugurar um novo centro de manutenção em Guarulhos, com investimento de R$ 130 milhões;
– Incrementar em 17% as operações em Guarulhos e 7% em Brasília, consolidando assim os hubs da Latam no país;
– Continuar lutando por uma redução do ICMS, que recentemente teve proposta de redução de 25% para 12% rejeitada no Senado;
– Iniciar seus novos voos internacionais: Roma, Boston, Lisboa, Tel Aviv e San José;
– Dar continuidade ao acordo de céus abertos.

CÉUS ABERTOS

De acordo com o CEO, o acordo de céus abertos com os Estados Unidos já está assinado desde 2011 pelos presidentes na época, Barack Obama e Dilma Rousseff, e que está parado por falta de aprovação do Congresso. “Hoje para colocarmos uma nova rota entre Brasil e EUA não dependemos apenas das companhias e da demanda, precisamos de uma autorização governamental. Essa abertura traria com certeza benefícios como melhor nos serviços e competitividade, os passageiros teriam mais opções de voos, horários e companhias. Como já é hoje com a Europa, por exemplo, nossos acordos com a Ibéria e a British Airways”, explicou.

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