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Aviação

Estado recupera 50% da Tap e grupo chinês vai entrar no consórcio

Pedro Marques e Humberto Pedrosa assinaram este sábado o acordo

Pedro Marques, ministro do Planeamento de Portugal, e Humberto Pedrosa assinaram este sábado o acordo

O governo de Portugal assinou nesta sábado (21) o novo contrato de privatização Tap, em que foram revisadas as participações acionárias do consórcio Gateway Atlantic — controlado pelos empresários Humberto Pedrosa, de Portugal, e David Neeleman, também controlador da Azul — e do estado luso.

O governo português vai pagar ao consórcio 1,9 milhões de euros para ficar com 50% da Tap, aumentando a fatia que na versão original da privatização era de 34%. Já o consórcio Gateway, que iria assumir 61% do capital da companhia aérea, ficou no novo contrato com 45% da aérea. Essa participação poderá ir a 50% caso o grupo privado assuma 5% de ações que ficaram à disposição dos trabalhadores.

“As decisões estratégicas da empresa, todas elas, passarão pelo Estado”, resumiu o ministro do Planeamento, Pedro Marques.

Ao lado do ministro, Humberto Pedrosa frisou que a empresa continuará a ser de gestão privada e adiantou um efeito imediato da entrada do Estado no capital da empresa: uma maior facilidade de negociação junto dos bancos, a quem a Tap deve 600 milhões de euros. “A participação do Estado na companhia vai dar um conforto diferente à banca”, afirmou Pedrosa, acrescentando que assim será “muito mais fácil” uma reestruturação da dívida.

Chineses da HNA podem ficar indiretamente com 20% – Na ocasião, o Humberto Pedrosa admitiu ainda que a empresa chinesa Hainan Airlines (HNA) pode vir a ficar com uma participação de 20% do capital da Tap em até três meses. O executivo adiantou que a HNA vai entrar no capital da Azul (companhia do brasileiro David Neelman que integra a Atlantic Gateway), que subscreveu obrigações na Tap que poderão ser convertíveis em ações. Esta participação indireta rondará os 13%.

Ao mesmo tempo, adiantou, a HNA vai entrar no capital da Atlantic Gateway com uma participação na ordem dos sete por cento. “Se juntarmos esses 13% aos 7% que [a HNA] vai ter na Atlantic, poderá chegar aos 20%”, disse Humberto Pedrosa.

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