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Aviação

Falta de comissários coloca expansão do Grupo Lufthansa em xeque; entenda

Baixíssima taxa de desemprego, baixos salários e altos empecilhos nos contratos afastam profissionais

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Desvalorização do setor e baixa taxa de desemprego são determinantes para o esvaziamento nos recrutamentos

Enquanto muitas companhias aéreas em todo mundo se desdobram para ao menos manter o número de funcionários em seu quadro, o Grupo Lufthansa, por sua vez, enfrenta dificuldades para contratar! Mais de 2.000 chefes de cabine e comissários de bordo são necessários para o grupo aéreo europeu poder criar novas rotas para mais esta alta temporada no hemisfério norte, mas os conflitos por baixos salários e leis trabalhistas complicam ainda mais este recrutamento, em meio a um mercado trabalhista alemão já com uma baixa taxa de desemprego.

Em dezembro, o Grupo Lufthansa já tinha anunciado que iria contratar cerca de 4.000 funcionários este ano, divididos por todas as companhias que fazem parte da empresa. Se o Grupo focar exclusivamente na necessidade de complementar o staff para a alta temporada, seria preciso cerca de 1.900 funcionários somente para a maior das companhias, a própria Lufthansa. Ao todo, contando, por exemplo, com as novas contratações para Eurowings, este número pula para 2.800 vagas. Até maio, no entanto, apenas 25% deste número tinha sido contratado.

Com a taxa de desemprego despencando desde 2014 e os novos contratos que acabaram desvalorizando ainda mais o setor, a Lufthansa sofre para arrumar profissionais qualificados a fim de expandir suas rotas. Para o CEO Carsten Spohr, a falta de profissionais está entre as razões que fazem com o que os planos de aumento de capacidade sejam colocados em xeque. Em dezembro, por exemplo, o planejamento do Grupo era distribuir os 2.800 funcionários deste modo: Lufthansa (1400), Swiss (800) Eurowings (360), Austrian (200), e Lufthansa CityLine (30).  ​

Inserido em um novo modelo de contrato acordado em março, os novos comissários de bordo contratados pela Lufthansa têm um salário base de US$ 1.579 por mês. Como base de comparação, o salário mínimo na Alemanha é de US$ 1.639, e outras programas de recrutamento, como o da EastJet, paga o equivalente a US$ 1.669/mês.

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