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Aviação

Governo descarta resgate financeiro e Alitalia é colocada à venda

"Alitalia será vendida ao melhor licitante", diz Ministro dos Transportes da Itália

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Governo descartou “reestatização” da companhia

A díficil situação econômica da Alitalia fez o Ministro dos Transportes da Itália anunciar, nesta quarta-feira (26), que a companhia está a venda. De acordo com Graziado Delrio, que já descartou um resgate governamental da aérea, a “Alitalia será vendida ao melhor licitante” e que a alemã Lufthansa é muito bem-vinda para fazer qualquer oferta. “Muitos ainda acreditam que haveria outro resgate público da companhia, mas posso dizer claramente que isso não vai acontecer”, completou o ministro.

Como noticiado pelo M&E, a situação financeira da Alitalia está cada vez mais delicada. Nesta terça-feira (25), chegou a informação de que 67% do staff composto por mais de 11.400 trabalhadores decidiu recusar um plano de resgate proposto por acionistas e bancos a fim de tentar amenizar seus problemas financeiros. Isto faz com que a companhia afunde ainda mais na crise, já que ganharia certo fôlego caso aceitassem um novo pacote de contenção de gastos, incluindo um corte de 8% no salário dos comissários e recapitalização de US$ 2,2 bilhões.

Questionado sobre a possibilidade da Lufthansa fazer uma proposta pela Alitalia, Delrio afirmou que “não existem obstáculos para isso, mas cabe aos acionistas esta decisão. A bola está no campo”. Embora a imprensa italiana tenha especulado diversas vezes sobre uma proposta da Lufthansa, a companhia alemã veio a público expressar que não existe interesse em adquirir as operações da Alitalia. É bom lembrar que a maior acionista atualmente da companhia é a Etihad, com 49% das ações, que se mostrou decepcionada com a recusa do staff.

Enquanto nada é decidido, o governo afirmou que fará de tudo para salvar a companhia, embora a rejeição dos trabalhadores sobre a nova proposta torne isso mais difícil. O primeiro ministro Paolo Gentiloni também confirmou que não existe espaço para uma reestatização da companhia, que se tornou privada em 2008. Com atuais 12.500 trabalhadores, a Alitalia não tem lucros desde 2002. O ministro da Indústria, Carlos Calenda, em entrevista ao Il Messaggero, por sua vez, afirmou que o governo só estaria preparado para oferecer empréstimos por seis meses.

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