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Opções de roteiros alternativos e curiosos na histórica Ouro Preto

DSC_0059Jefferson da Mina, guia leva turistas 115m por dentro da Mina Santa Rita

OURO PRETO (MG) – Artesãos do sabor, das gemas, das minas. Ouro Preto é um destino de mil opções, além do tradicional circuito histórico. Um passeio com visitas guiadas por minas de ouro, oficinas de lapidação de pedras ou cervejarias artesanais complementam o roteiro exuberante e charmoso composto de ladeiras, casarios e sobrados, igrejas e museus pelo centro histórico. Programa do Ministério do Turismo realizado pela Embratur (@embraturbrasil), com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para estimular o turismo regional, o Revisitando o Brasil, nesta segunda edição abrange destinos de Minas Gerais (@visiteminasgerais).

A começar, conheça o verdadeiro roteiro-raiz de Ouro Preto: uma aventura sensorial pela Mina Santa Rita, uma das primeiras de Minas Gerais, datada do século XVIII. A visitação guiada e segura explora apenas 115m do túnel principal. A mina está localizada junto ao sítio arqueológico de Padre Faria. Sua escavação, um “queijo suíço” repleto de bifurcações, percorre um grande labirinto do qual ainda não se encontrou o fim. A estrutura foi feita por negros do Sul da África, especialmente da região do Congo.

Nosso passeio é guiado pelo descendente de escravos e dono Jefferson da Mina. Ele não poupa detalhes pesados do dia-a-dia dentro desse  espaço de ar pesado, de lendas surgidas de seu interior e desconfortos, riscos e sobrevida nesse verdadeiro inferno. Por corredores estreitos, não mais que 1,5m de largura por até 1,8m de altura, sem equipamentos de segurança, ar extremamente rarefeito à medida que se adentrava no túnel e barulho constante e estridente de metais em busca de veios de ouro, o espaço era um verdadeiro show de horrores iluminado tão somente por pequenas candeias, que também serviam para aferir a quantidade de oxigênio.

Em média, de cada mil quilos de material retirado da mina (68% eram minério de ferro) oito gramas correspondiam a ouro. Argilas de diferentes pigmentações também retiradas das minas eram usadas para pintar casas, igrejas e conventos de Vila Rica.

Depois de quase 40 minutos dentro da cavidade estreita e sufocante, a luz no fim do túnel te traz de volta à realidade. Na saída um sopro fresco de vida bate teu rosto, mas a alma continua revoltada e pensativa com a dura e pesada história desse passado colonial.

A Mina Santa Rita fica na Rua Santa Rita, 171, Padre Faria. Reservas pelo telefone (31) 3552-3363 ou e-mail [email protected]. Entrada: R$30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia). Funciona todos os dias, menos segunda-feira. De terça a sábado também podem ser agendadas visitas noturnas, com direito a histórias de assombrações.

DSC_0130Topázio Imperial é exclusivo de Ouro Preto. Gema não existe em outro lugar do mundo

Topázio Imperial

Nas mãos de artesãos, o exclusivo topázio imperial se transforma em uma parte de Ouro Preto em forma de joia que o visitante ou turista pode levar para casa. A exploração do mineral pelos próximos quatro ou cinco anos, período, segundo estimativas oficiais baseadas em análises geológicas de solo, para a extinção dessa variedade de topázio única no mundo encontrada em jazidas nos distritos de Cachoeira do Campo, Rodrigo Silva, Antônio Pereira, Santo Antônio do Salto e município de Dom Bosco.

Juliano César Lopes, administrador da Brasil Gemas, fábrica de joias e lapidação de pedras preciosas em Ouro Preto, explica que só a lapidação (desenho de formato e faceto) de um topázio imperial bruto pode levar até 24h. Depois passa pelo polimento com cromo e óxido de alumínio, transformando-a, então, em gema que pode ser vendida separada ou em forma de brinco, pingente ou anel. O quilate do topázio imperial, de acordo com sua coloração, pureza e transparência por chegar até R$ 25 mil.

A fábrica da Brasil Gemas está aberta à visitação na Praça Tiradentes, 74, Centro de Ouro Preto.

DSC_0140Cerveja artesanal “Sauer”, da Ouropretana, produzida em tonéis de carvalho

Cervejaria Ouropretana

A poucos quilômetros de Ouro Preto, no distrito de Cachoeira do Campo nasceu, em 2011, a Cervejaria Artesanal Ouropretana hoje com mais de 16 rótulos e capacidade instalada de produção diária de até 2,5 mil litros – maturação média de 30 dias para ser colocada no mercado -, além da cerveja especial “Sauer”, fermentada em barris de carvalho por quase dois anos.

A Ouropretana também produz gin. Segundo Eduardo Machado, sócio-proprietário da cervejaria artesanal, a produção da quarta geração de gin puro, sem sabores, apenas aguarda a chegada a destilaria já adquirida.

A Cervejaria está aberta à visitação para grupos com até cinco pessoas. Rua Das Mercês, 7 – Cachoeira do Campo – Ouro Preto. A Loja fica na Rua Benedito Valadares, 250, Centro, Ouro Preto.

 

 

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