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O Brasil recebeu 3,63 milhões de turistas internacionais em 2022. Este número é quase cinco vezes mais do que os 745 mil de 2021. Esse e mais dados sobre a movimentação internacional de/para o Brasil foi compartilhada pelo professor do Núcleo de Economia e Administração do Turismo da USP, Glauber Santos, e também pelo Ministério do Turismo. Contudo, o número de chegadas ainda foi 43% menor do que em 2019, último ano antes da pandemia e pior da série desde 1990.
A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, disse que irá trabalhar em conjunto com a Embratur para que o número de estrangeiros no Brasil possa ser ainda maior nos próximos anos. “Temos como prioridade de nossa gestão a entrega de obras turísticas que aprimorem a experiência dos turistas internacionais nos atrativos turísticos nacionais”, destacou.
São Paulo (1.505.129), Rio de Janeiro (652.962), Paraná (522.832) e o Rio Grande do Sul (474.474) foram as principais portas de entrada desses turistas internacionais ao país. Juntos, os estados responderam por quase 87% do total contabilizado pelo Ministério do Turismo. Quanto à via de acesso, 67,9% deles chegaram por via aérea, 29,8% por veículos terrestres e 2,3% entraram no país pelos mares e rios. Em relação aos períodos mais visitados, os meses de dezembro (529.038) e novembro (352.458) foram os que mais receberam estrangeiros.
O resultado total do turismo internacional no Brasil acabou sendo fortemente influenciado pelo desempenho do mercado argentino, que representava 33% do receptivo brasileiro em 2019. Em 2021, o fluxo argentino para o Brasil foi equivalente a apenas 3% do que havia sido em 2019. Em 2022, o emissivo argentino se recuperou parcialmente, voltando a superar a marca de 1 milhão de turistas e retornando ao equivalente a 53% do fluxo de antes da pandemia.
Comparação das chegadas entre 2019 e 2022 (Divulgação)
Já os Estados Unidos, que respondiam por 10% do receptivo brasileiro em 2019, retomaram 75% do fluxo de turistas para o Brasil em 2022. O mercado paraguaio também se recuperou fortemente (76%), subindo uma posição no ranking de maiores emissores de turistas para o Brasil ao ultrapassar o Chile, que recuperou apenas 52% do emissivo pré-pandêmico.
Maiores emissores de turistas para o Brasil (Divulgação)
Entre os 25 maiores emissores de turistas para o Brasil, Portugal e Irlanda são os mercados que apresentaram melhor recuperação dos efeitos da pandemia, chegando a 85% de recuperação na comparação com 2019, segundo o estudo. A forte recuperação de Portugal fez com que o país subisse da nona para a sexta posição no ranking de maiores mercados do turismo internacional no Brasil. Por outro lado, países como Venezuela, China e Japão ainda não retomaram sequer 25% do fluxo observado antes da pandemia.
