Meeting Festuris: painel debate evolução do Turismo Rodoviário

Participantes do painel

GRAMADO – O segundo painel do Meeting Festuris, dentro da programação do Festuris 2019, abordou o Turismo Rodoviário com o tema “De ônibus se chega a qualquer lugar” com a participação do secretário de Integração Interministerial do Ministério do Turismo, Bob Santos, do fundador da CVC e da GJP, Guilherme Paulus, e Tiago Lima, da Trip Tri, com moderação do presidente da FBHA, Alexandre Sampaio.

Bob Santos, do MTur abriu o painel

O primeiro a se apresentar foi Bob Santos, que revelou a intenção do MTur de aperfeiçoar a legislação referente ao Turismo Rodoviário. “Há um gargalo grande que tem atrapalhado a atividade, geração de emprego e renda. Precisamos inovar e temos que trabalhar na quebra de paradigmas. O Ministério está buscando então harmonizar a legislação do setor”, afirmou.

Santos destacou que a Medida Provisória denominada “A hora do Turismo”, a ser assinada em breve, apresentará ao País a possibilidade de um novo tipo de produto, o circuito. “A MP abordará diversos temas, como áreas especiais de interesse turístico, a manutenção dos 6% do IRRF e o leasing das aeronaves. Ela também criará o circuito turístico rodoviário, que muita gente já conhece e á uma tendência. A ideia é ter itinerário fixo, previsão de escalas para visitação a atrativos e equipamentos turísticos e tarifas flexíveis”, explicou.

Guilherme Paulus: tudo começou com o rodoviário

O fundador da CVC e da GJP lembrou do início das atividades da CVC. Nnaquela época – década de 1970 – quem viajava eram as pessoas com poder aquisitivo maior. Por este motivo, era necessário criar um produto para a classe média. “Tudo começou em 1978 com pacotes para a classe média. Recebi ligação da Mercedes cotando três ônibus para o Vale do Itajaí. Acabei ganhando a licitação e fiz a primeira viagem. Então, comecei a visitar as demais empresas do ABC para saber se queriam mais viagens”, lembrou.

Paulus destacou ainda que começou a planejar um calendário anual para estas empresas, que incluíam passeios de um dia. Em seguida vieram pacotes de fim de semana, com hospedagem. “Aí passamos a nos aventurar com Foz do Iguaçu, Nordeste e criamos um produto para o Sul de 12 dias, foi quando conheci Gramado”, contou. “A Serra Gaúcha foi um dos nossos lançamentos mais fortes e mais bem sucedidos, porque a comunidade comprou a ideia”, complementou. Paulus afirmou que a CVC chegou a embarcar 200 mil pessoas embarcando de ônibus.

Guilherme Paulus, fundador da CVC e da GJP

O diretor-executivo de Produtos Terrestres da CVC Corp, Claiton Armelin, abordou as tendências atuais do setor. E questionou: “O Turismo rodoviário vai voltar?”. Segundo ele, existe uma carência de transporte, especialmente no interior. “Tem mais conforto, tarifas competitivas, não tem problema de bagagem e Wi-Fi a bordo. Temos que nos reinventar sempre e criamos o ‘Rodo Charter’, uma combinação de bloqueios, com pacotes e passeios. Assim conseguimos interligar o Brasil inteiro”, destacou o executivo, lembrando que a flexibilização da legislação citada por Bob Santos dará um novo impulso ao setor.

O M&E viaja com apoio da Shift Mobilidade Corporativa