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Hotelaria e Alimentação

2014: Expectativas do setor de hospedagem e alimentação

Estamos nos aproximando do fim do ano e, como sempre, torna-se necessário um balanço de nosso setor de hospedem e alimentação fora do lar, não só para avaliarmos nossos progressos, como também para identificarmos o que não conseguimos realizar e trabalharmos em 2014 com foco nesses objetivos.

De maneira geral, o segmento foi contemplado com um presente ao final desse ano: O anúncio pelo Ministério do Trabalho e Emprego do contrato de curtíssima duração, demanda antiga do setor de turismo. Este instrumento propiciará a hotelaria e a alimentação fora do lar uma alternativa de atender os grandes eventos, e outros de natureza extraordinária, sem os custos de contratações temporárias através de empresas provedoras destes serviços e, ao mesmo tempo, não enveredar pela informalidade na vinculação trabalhista para atendimentos pontuais. Esta ferramenta resultará em segurança jurídica, aumento da empregabilidade de jovens e melhor qualidade de atendimento.

Na hotelaria, devemos ter até o final de dezembro, ou início do ano vindouro, a regulamentação do novo arcabouço jurídico da legislação de direitos autorais, o que impacta diretamente nosso universo, pois será esclarecida a não competência do Ecad para cobrar sobre obras musicais, inclusive na retransmissão de TVs no ambiente dos quartos de hóspedes. O Ministério do Turismo já foi suscitado pelo trade a editar uma portaria interministerial, junto com o Ministério da Cultura, neste sentido.

Outra novidade é o convenio do Mtur com o grupo Abril, através de sua publicação Guia Quatro Rodas, para viabilizar uma classificação hoteleira baseada em premissas do SBCLASS (Sistema Brasileiro de Classificação Hoteleira). Este acordo prevê uma amenização dos critérios usados pela editora em seu guia, incorporando a matriz oficial do governo, o que resultaria em credibilidade junto ao consumidor nacional e internacional, além de atender as exigências da Fifa e Coi (Comitê Olímpico Internacional). Com essa medida teremos um referencial de orientação de categorização dos hotéis brasileiros, com a divulgação imediata de milhares de estabelecimentos avaliados sem custo e com aval governamental. Ninguém estará obrigado a colocar a placa resultante deste acordo em seu estabelecimento, entretanto supera-se um impasse já que o sistema até então adotado carecia de adesão.

Agora que já sabemos em que cidade os times irão jogar na Copa do Mundo, o desafio será superarmos o estigma dos preços altos dos meios de hospedagem, resultado de uma postura infeliz da Embratur que deveria estar preocupada em divulgar o Brasil e não adotar uma conduta contrária ao cerne de seu propósito: Trazer mais turistas estrangeiros.

No setor de alimentação fora do lar, o foco para os próximos doze meses será obtermos a inclusão dos restaurantes no Plano Brasil Maior, já que às margens de lucratividade estreitas no food service, fruto de aluguéis cada vez maiores, – tanto de rua quanto em shoppings – energia e gás caros e inflação indireta dos insumos, face ao aumento da incidência da substituição tributária indiscriminadamente pelos governos estaduais, conclama que tenhamos uma compensação tributária para termos de competitividade. Sem este diferencial continuaremos a ver empresas fecharem, dado que a violência nos grandes centros e o endurecimento das penalidades da Lei Seca, não são estímulos para o consumidor sair as ruas para jantares e encontros de lazer.

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