​Painel abre discussão sobre mercado durante a Copa

Com o foco de discutir e capacitar os agentes de viagens das principais capitais do país, o “Roadshow Turismo 2014 – Desafios, Tendências e Oportunidades”chegou à capital paulista com a adesão de mais de 350 agentes de viagens. O evento aconteceu no Pestana São Paulo e reuniu os principais players do mercado que analisaram o segmento durante o período de Copa e as expectativas do segundo semestre em relação a vendas e receitas.

De acordo com o diretor de Marketing e Comercial da Trend, Vitor Bauab, o evento foi criado com foco nos agentes de viagens. “Nosso foco é levar aos agentes a situação real do mercado de viagens. Questões que ressaltam as áreas econômicas e operacionais que impactam as atividades diárias da distribuição e vendas de produtos turísticos”, ressaltou Bauab. “Essa união de empresários do setor tem como principal objetivo único capacitara e preparar o agente para o mercado”, disse o vice-presidente do M&E, Roy Taylor.

Durante o painel, o diretor de vendas da Trend, Vitor Hugo, ressaltou que o país viveu um primeiro semestre interessante. “Todas as certezas que tínhamos no primeiro semestre não aconteceram. Por isso, precisamos cada vez mais olhar para o nosso negócio e entender como operacionalizar no mercado. Isso, não só relacionado ao mix de produto, mas junto aos canais de vendas”, disse. Segundo ele, é necessário diversificar segmentos como lazer e corporativo. “Temos que estar muito preparados para as adversidades que nos encontram e que são desafiadoras”, afirmou.

Já a gerente de vendas do Pestana São Paulo, Renata Honorato, a Copa foi um evento bom para a hotelaria. Mas, segundo ela, o segmento corporativo não sobrevive sem o mercado de viagens. “Neste momento de Copa o segmento corporativo sentiu a queda em número de viagens. Porém, a hotelaria cresceu em ocupação na cidade de São Paulo e nas outras grandes capitais, como as cidades-sede”, disse a gerente.

Para o vice-presidente Comercial e de Marketing da Avianca, Tarcisio Gargioni, o primeiro semestre – com a Copa – foi bom para o país e para a imagem do Brasil. Porém, o período não foi satisfatório para a aviação. “O mercado avançou crescendo *% até o final de abril se comparado ao mesmo período do ano passado”, disse. Segundo ele, durante o mundial o crescimento foi zero, se comparado as quedas nos meses de maio (4%) e julho (2%). “ Desta maneira, a redução do mercado com o efeito Copa foi de 8%”, afirmou. A Avianca cresceu 30% no mercado de janeiro a julho.

De acordo com o gerente Nacional de Vendas da Avis, Ricardo Kaiser, a Copa ajudou o segmento de locação que, atualmente, cresce dois dígitos ao ano. “Em algumas cidades chegamos a 80% de ocupação”, disse. Porém, segundo o executivo, o turista de negócios ainda não retornou com o termino do evento. “A copa já acabou? Porque o segmento corporativo não voltou ainda?”, indagou. Kaiser ressaltou que o preço da locação não difere entre os mercado e sim a qualidade dos carros oferecidos em destinos como Orlando, por exemplo. O coordenador de Mercado Nacional na Bahiatursa, Guto Jones, afirmou que o turismo da Copa beneficiou a Bahia. “Além de receber três seleções, tivemos cinco jogos e um acrescimento significativo quanto ao número de turistas”, comentou. Jones ressaltou que a perda no destino foi não levar os turistas a conhecerem outras regiões do Estado. “O turista ficou poucos dias na capital Salvador”, afirmou.

O painel ainda destacou preço de bilhetes aéreos, novidades em produtos entre empresas como Trend, Avis, Avianca, Pestana e Bahiatursa.  A iniciativa é fruto de uma parceria do M&E com a Trend Operadora e conta com o patrocínio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do Governo do Estado da Bahia, com correalização da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e apoio da Best Western e Avis, sendo a Avianca a transportadora oficial.

Luciano Palumbo e Anderson Masetto