Assim como Gramado, a cidade de Vitória (ES) também finalizou na BTL uma série de capacitações que vinham sendo realizadas no exterior graças a um convênio com a Embratur. Depois de Buenos Aires, Santiago, Paraguai e Montevidéu, foi a vez dos operadores portugueses conhecerem mais sobre a capital do Espírito Santo.
“Esse apoio da Embratur foi fundamental para apresentarmos nosso diamante para o mundo. Isso aumenta nossa responsabilidade na criação de produtos. Nossa intenção foi mostrar a cidade para Europa e América Latina. E não queremos parar por aqui, já estamos tentando organizar um evento parecido com foco na Copa do Mundo ou pescaria. Estamos estudando as possibilidades e queremos contar mais uma vez com a ajuda da Embratur”, explica o gerente de Promoção da Secretaria de Turismo, Trabalho e Renda de Vitória, Juliano Nogueira.
Neste período do Mundial, a ideia é aproveitar o fato de estar localizada entre diversas sedes. Apesar de não receber jogos, a cidade foi escolhida por Austrália e Camarões como base para hospedagem e treinamento. “Vamos aproveitar levando em consideração a questão financeira. Rio de Janeiro, assim como outras cidades-sede, vai estar muito caro. Vitória se torna uma opção. Mesmo que o visitante tenha que pagar um voo. Queremos aparecer no mapa. As duas seleções que vão ficar baseadas em Vitória não escolheram o destino à toa”, avalia Juliano.
Para ele, Vitória sai agora do foco de Turismo de Negócios, onde já está consolidada, e apresenta um potencial turístico cada vez maior. Um bom exemplo é a realização do Carnaval, que em 2015 passará por uma mudança no que tange às vendas dos ingressos. “Vamos adotar a venda pela internet, como a FIFA fez. A procura pelos ingressos para o evento em Vitória é tão grande que as pessoas ficam na fila até 20 dias antes. Queremos então evitar isso, já que não consideramos benéfico. A população vai comprar e os visitantes estrangeiros também poderão comprar e assistir o Carnaval”, justifica.
Na definição de Juliano “a cidade chegou num ponto que já entende que o futuro é o turismo”. Ele finaliza: “Nossa luta é para ter novos produtos para o trade e voos diretos internacionais operando na cidade. Vamos trazer esses voos e trabalhar mais forte”.
Natália Strucchi, de Lisboa