Riotur alerta que tirar Abav do Rio é dar um tiro no pé

O presidente da Riotur e secretário municipal de Turismo do Rio de Janeiro, Antonio Pedro Figueira de Mello se mostrou surpreso e revoltado com a decisão da Abav Nacional de tirar a Feira das Américas do Rio de Janeiro a partir de 2013. “É um absurdo esta decisão e um contrasenso. Considero mesmo um verdadeiro tiro no pé esta medida se for efetivada, pois o Rio é uma referência mundial. Estou surpreso porque sequer fomos consultados e temos um acordo com a diretoria da Abav que ainda está de pé. Nossa intenção é que o evento permaneça no Rio e ainda tenho esperanças de que esta medida seja revista”, adiantou ele.

O dirigente também lembrou que o Rio continua a ser o principal portão de entrada do turismo internacional e uma referência quando se fala em Brasil no exterior. “Sem esquecer que teremos mega eventos como a Jornada Mundial da Juventude, a Copa e as Olimpíadas”. Antonio Pedro disse que pretende conversar com os dirigentes da Abav Nacional para rever esta decisão.

Ele confirmou que as obras de melhoria da nova Passarela do Samba serão inauguradas no próximo dia 12. “Teremos, sem dúvida, um dos melhores carnavais dos últimos anos e a nova passarela tem tudo para agradar ao público e oferecer maior beleza e conforto”, adiantou.

ABIH-RJ critica medida

O presidente da ABIH RJ, Alfredo Lopes, disse que se a decisão da diretoria da Abav Nacional for mantida, será uma perda não apenas para o Rio. “Perdem o Rio, o Brasil e a própria Abav pois não existe outro local onde, neste momento, estejam sendo feitos tantos investimentos em infraestrutura e venham a ocorrer tantos eventos de grande porte. Além do mais, a hotelaria de São Paulo está sempre com poucas vagas e as pessoas que forem ao congresso nem sempre poderão ficar em hotéis próximos, levando horas em engarrafamentos no trânsito”.

O dirigente duvidou também dos resultados apresentados na pesquisa realizada pela Abav Nacional. “Duvido que o agente de viagens prefira ir para São Paulo em vez do Rio de Janeiro. Certamente a grande maioria prefere o Rio, mas respeito a decisão da entidade”, reconheceu. Lopes disse que as perspectivas da hotelaria para o Carnaval no Rio são boas, mas os hotéis cinco estrelas estão sofrendo os efeitos da crise internacional.

“Minha esperança é que o mercado doméstico responda positivamente e venha a compensar esta perda pois os hotéis de três e quatro estrelas estão com 90% de ocupação já garantidas”, concluiu.