Depois de anunciar um crescimento operacional com um acrescimento de 5,5% no transporte de passageiros, ou aproximadamente 500 mil passageiros a mais, se comparados aos números de 2012, a Tap comemora ter ultrapassado a marca de nove milhões de embarques e desembarques no aeroporto de Lisboa, em 2012. “Estamos vivendo um momento oportuno, este é o nosso quarto ano consecutivo de lucro”, disse o presidente da Tap, Luiz da Gama Mór. Segundo o executivo, a Tap tem tido uma trajetória saudável. “A redução de custos está no DNA da Tap”, disse sinalizando à politica de companhia que tem o menor custo/maior receita no ASK. “Temos uma gestão firme de custos”. Em 2012, a Tap cresceu 4,9% em load factory e outros 4,1% na oferta de voos. “Crescemos sem investimento”, disse. Com relação à receita, o lucro da companhia foi de 16 milhões de euros, o que representou um acréscimo de 6,9%.
Com um lucro de 15,9 milhões de euros em 2012, resultado bem mais expressivo do que os 3,1 milhões obtidos em 2011, a Tap manteve resultados positivos pelo quarto ano consecutivo. Em 2012, a dívida total da Tap foi reduzida de 1 bilhão para 862 milhões, o que traduz uma melhoria de 21%. A obtenção de um resultado líquido positivo pelo quarto ano consecutivo foi possível graças ao crescimento da companhia, que transportou 10,1 milhões de passageiros, ultrapassando pela primeira vez na sua história a barreira dos 10 milhões.
O custo com combustívei registrou em 2012 um acréscimo de 93 milhões de euros, superior em 13% em face de 2011. Os resultados da Tap espelham o esforço continuado de melhoria da eficiência, obtida através de ganhos de produtividade e diminuição de custo. Os resultados operacionais chegaram a 43,4 milhões de euros, resultado 5,6% melhor do que os 41,1 registados em 2011. Embora tenha aumentado a oferta em 4,1%, a companhia nacional registou um crescimento na demanda de 4,8%, o que permitiu, igualmente, melhorar a taxa de ocupação nos voos de 76,3% em 2011 para os 76,8% em 2012.
Mudança – Segundo Mór, quando surgiu o modelo low cost na Europa, a Tap estava com uma defasagem de tarifas. “Hoje existem dois modelos implantados na Europa – um pela Ibéria e Lufthansa que visa entregar o transporte intraeuropeu para outra empresa. Outro movimento é de radicalizar ainda mais o espaço low cost dentro do mesmo equipamento. Este último é feito pela British, onde a menor tarifa obriga o pagamento de bagagem”, disse.
Internacionalização – Mór disse ainda que em relação às companhias aéreas, 75% da receita econômica é feita fora de Portugal. Outro dado é sobre a hotelaria local que possui uma presença forte no Brasil. “Temos força nestes dois segmentos, porém nosso canal de distribuição é frágil. Em Portugal o motor da economia é a Hotelaria”, disse Mór.
Luciano Palumbo, de Lisboa