Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Feiras e Eventos

Turismo Responsável debate água, carbono e prostituição infantil

Talvez o comentário mais importante do maior dia de ação turismo responsável do mundo – Dia Mundial do Turismo Responsável – foi o último, feito pelo Conselheiro de Turismo Responsável da WTM, Harold Goodwin. O Conselheiro observou que a maior parte das pessoas estavam na plateia com foco no marketing do turismo responsável, então Harold se voltou para três eventos que abordavam as “alterações climáticas”, “escassez de água” e “proteção à criança”. “A rede Tui ganhou o prêmio geral de Turismo Responsável este ano precisamente porque teve a coragem de assumir uma questão como de Proteção à Criança e adicioná-lo ao debate.”

Na abertura da WTM, Simon Press, Diretor Sênior de exibição da WTM lembrou que não apenas o evento em Londres é o maior em iniciativa de Turismo Responsável do mundo, mas também é apoiado por ações que acontecem em todo o planeta. “O Turismo Responsável é um tema que deve estar em todas as salas de reuniões”, afirma Simon Press.

A abertura do evento foi uma mesa redonda sobre turismo e poluição de carbono, presidido pela fala de Steven Sackur, da BBC. Johan Lundgren, vice-presidente-executivo da Tui Travel, alegou que não era apenas uma questão de fazer a coisa certa, mas que fazia sentido para os negócios. “Reduzir as emissões de carbono aumenta a nossa vantagem competitiva e nos salva milhões”, afirmou Johan. Ele também criticou a sustentabilidade e metas de emissões a longo prazo, como sendo muito fácil ignorar. “Metas precisam ser de curto prazo, para incentivar as organizações e penalizar o mau comportamento”, apontou o vice-presidente da Tui Travel.

Outro grande debate do dia foi à respeito da água. Onde o debate chegou a conclusão de que a indústria do turismo não faria ações suficientes para alcançar as reduções adequadas de uso de água sem uma regulamentação realizada por governos nacionais.

Richard Reed, do Prestige Purchasing, trouxe perspectiva vital de fora do turismo, revelando que de acordo com a Accor, 86% do uso da água do hotel é voltado para comida e bebida. Reed revelou que são necessários 70 litros de água para cultivar uma maçã. 185 litros de água para fazer saco de batatas fritas. 2.400 litros para fazer um hambúrguer, uma vez que a água é incorporada aos alimentos. “Os hotéis não olham para a água incorporada em produtos alimentares ao escolher com quais fornecedores vão trabalhar”, apontou Reed, acrescentando que a abordagem da indústria para a crise da água era como “estar em pé no mar olhando para o lado errando quanto uma grande onda está vindo”.

De acordo com o vice-presidente de negócios responsável, do Rezidor Hotel Group, Inge Huijbrechts,a melhor solução que uma legislação era incentivar as boas práticas “Se esperamos por uma lei vai levar muito tempo para que ocorram mudanças. A questão do negócio é um caso muito forte”, disse Inge. Mark Watson, do Conselho de Turismo descordou: “Hotéis são muito bons em realizar ações para economizar dinheiro, como lavagem de toalhas, por exemplo, mas fazem poucos esforços para divulgar as questões da sustentabilidade”.

Como Harold Goodwin comentou ao fechar o debate, uma notável exceção foi o vencedor do prêmio geral de Turismo Responsável. A Tui Nederland ganhou o prêmio por seu trabalho combatendo o turismo sexual infantil no Brasil através de campanhas com cartazes chocantes nos aeroportos holandeses, optando por usar o espaço não para promover os seus hotéis, mas para destacar a gravidade do problema. A rede também treinou 150 crianças carentes que agora atuam, não mais se prostituindo, mas com atividades do turismo.

Receba nossas newsletters