Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Forum Conectividade / Forum Conectividade Destaque / Forum Conectividade Principal

Conectividade: o desenvolvimento de rotas na visão de Embraer, Azul e Abear

Luis Fernando Vicente Lopes, da Embraer, Mauricio Emboada Moreira, da Abear e Marcelo Bento Ribeiro, da Azul Linhas Aéreas (Eric Ribeiro)

Luis Fernando Vicente Lopes, da Embraer, Mauricio Emboada Moreira, da Abear e Marcelo Bento Ribeiro, da Azul Linhas Aéreas (Eric Ribeiro/M&E)

SÃO PAULO – O segundo painel do Fórum Conectividade – Hub de Negócios abordou informações que contribuem para a tomada de decisões e a formação de novas rotas pelas companhias aéreas. O debate contou com a participação de Marcelo Bento Ribeiro, diretor de Alianças e Distribuição da Azul Linhas Aéreas, Luis Fernando Vicente Lopes, Airline Consultant da Embraer, e Mauricio Emboada Moreira, Consultor Técnico da Abear.

Em sua apresentação Luis Fernando apresentou dados comparando o mercado interno brasileiro e o norte-americano. “O Brasil, por exemplo, possui dez vezes menos aeronaves que os Estados Unidos e atende cinco vezes menos cidades. Já as aeronaves do Brasil possuem, em média, 147 assentos, com capacidade média de 36 passageiros a mais que as aeronaves norte-americanas e, apesar disso, o número de passageiros transportados no Brasil é nove vezes inferior em relação aos EUA”, revelou Luis Fernando.

O executivo da Embraer ainda comentou sobre a importância da Azul no desenvolvimento de malhas em Goiânia. “Goiânia é uma cidade muito diferente com a Azul, conseguindo inclusive competir com o aeroporto de Brasília. Em 2008, a cidade era operada pela Gol e a Latam e possuía 25 voos diários e 1,8 milhão de passageiros por ano. Agora, com a Azul, os números chegam a 32 voos diários e 2,9 milhões de passageiros”, enfatizou.

Outro fator importante revelado pelo representante da Embraer é que o instituto possui aeronaves que competem em custos e capacidade com os da Airbus e da Boeing. Ele ainda destacou que em 2021 deve ser lançado o novo avião E175-E2, com capacidade para 80 passageiros.

Já Marcelo Bento, da Azul, destacou a importância do conceito de malha que a companhia busca desenvolver. “É melhor ser uma boa cidade foco do que um hub ruim. É importante garantir que o aeroporto receba a quantidade adequada de passageiros que possa receber”, disse.

Apesar da formação de hubs ser um padrão dentro do Brasil, essa nem sempre é a maneira adequada no momento de estabelecer a malha de rotas. Ele frisou que companhias menores costumam optar por ter uma malha ponto a ponto, sem conexões, como a Southwest, nos EUA, e a Ryanair, na Europa, pois esse modelo diminui os custos da companhia.

Outros fatores apontados para a criação das rotas são os custos do combustível, altíssimo no Brasil, além de dados da ANAC, ANTT, OAG, capacidade das aeronaves, meteorologia, manutenção e tripulação. “Essa malha tem que ser sustentável, nem sempre olhamos apenas para os lucros, mas sim para a importância que ela tem como um todo. Por isso avaliamos custos de combustível, gastos com tripulação e a capacidade das aeronaves”, finalizou

Mauricio Emboada, em apresentação sobre formação de novas rotas (Eric Ribeiro)

Mauricio Emboada, em apresentação sobre formação de novas rotas (Eric Ribeiro/M&E)

Já Maurício Emboaba, da Abear, optou por abordar o desenvolvimento das rotas no Amazonas, destacando que atualmente o setor aéreo ocupa apenas 25% do tráfego de passageiros da região, ficando abaixo do setor hidroviário. “A oferta de serviços aéreos segue fraca na região, com apenas 46% da capacidade das aeronaves sendo preenchidas, apesar de uma boa infraestrutura de aeroportos na região”, disse.

Maurício ainda comentou sobre a capacidade de geração de empregos do setor. “O crescimento da infraestrutura do setor na região pode gerar um impacto direto, indireto e capitalizado de criação de 26 mil empregos.”ConectividadOFICIAL

Receba nossas newsletters