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Conectividade: políticas públicas para desenvolver setor são debatidas entre líderes

Participantes do painel sobre politicas publicas

Participantes do painel sobre políticas públicas (Eric Ribeiro)

SÃO PAULO – O penúltimo painel do Fórum Conectividade – Hub de Negócios trouxe Vinicius Lummertz, Ministro do Turismo, Alexandre Sampaio, Presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC e presidente do FBHA, Dany Oliveira, Country Director da Iata no Brasil, Dario Lopes, Secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e, Ricardo Catanant, Superintendente de Acompanhamento de Serviços Aéreos da ANAC, para debater políticas públicas, os impactos e as oportunidades dos serviços aéreos no Brasil.

Dany Oliveira apresentou um caso de sucesso da IATA, que revelou o transporte de 4,1 bilhões de passageiros em 2017 e espera números superiores em 2018.  “Estamos falando de mais de 1,3 mil empresas que operam em 1,7 mil aeroportos e 20 mil pares de cidades. Em 2017 transportamos mais de 4,1 bilhões de passageiros e esperamos crescimento para 4,3 bi em 2018. O impacto econômico da aviação comercial chega a 2,7 trilhões de dólares”.

O ministro Vinicius Lummertz discursou sobre a importância de se analisar o Brasil de maneira única e sistêmica, ao invés de analisar de modo individual. “Eu gostei muito da fala do Dany porque ele trata da questão de forma sistêmica. A internet abriu todo o campo de conectividade, todas as fronteiras. O significado é olhar a indústria pelo que ela faz, a indústria e as pessoas tem que ir bem. Há uma confusão no Brasil em separar o que é político, o que é tático e o que é operacional. Turismo e viagens é justamente sobre isso, temos que olhar o setor como competitividade global. Queremos viver no Brasil como imaginamos que as pessoas vivam em países desenvolvidos”, frisou Lummertz, que também criticou o modelo utilizado no Brasil. “Nós precisamos fazer uma relação entre o modelo que nós temos e os resultados que queremos ter. Esse modelo nos trouxe até aqui, mas não nos leva adiante. Temos que nos perguntar se é assim que funciona onde da certo, e não é.”

A previsão da IATA é que o número de passageiros dobre até 2017. A América Latina deverá ter crescimento de 3,6%, número abaixo de outros continentes, muito devido aos altos custos com aviação no continente. Dany também comentou as três prioridades da IATA: alinhar o arcabouço regulatório as melhores práticas mundiais; adotar os padrões da indústria em relação aos direitos de proteção dos consumidores; e rever a estrutura de custos com base nas médias globais para se tornar competitivo.

Quando questionado pelo cerimonialista Paulo Markun sobre a importância do setor aéreo para a economia do país, Dany Oliveira comentou: “O transporte aéreo global gera cerca de 1 milhão de empregos no Brasil, a contribuição da aviação representa 1,4% do PIB. Amarras políticas fazem com que a aviação não chegue na média mundial, mas isso mostra que temos potencial para crescer nos próximos anos”, revelou.

Ricardo Catanant aproveitou para falar sobre as dificuldades vivenciadas pelo setor nos últimos anos. “Poderia resumir fazendo um apanhado do que o setor passou na ultima década. Tínhamos um setor extremamente regulado e desde o alinhamento de uma política publica estabelecida as coisas mudaram. A infraestrutura não acompanhou num primeiro momento, o que causou o caos aéreo, e agora as projeções são bastante otimistas para que isso não venha a ser mais um problema”.

Na sequencia, Alexandre Sampaio foi questionado sobre como fortalecer o desenvolvimento sustentável da conectividade. ”Acho que conectividade tem a ver com demandas crescentes, não só turísticas, mas da área do comércio. Acho que os setores podem se unir para criar uma conectividade do mercado interno. Logicamente que não é uma dinâmica simples, mas acho que se criarmos esses laços alimentadores essa conectividade se da de maneira mais séria.”

Vinicius Lummertz durante o painel

Vinicius Lummertz durante o painel (Eric Ribeiro)

Dario Lopes comentou sobre os blocos feitos em aeroportos. “Na questão de fazer concessão por bloco foi identificado o cluster econômico de determinada região. Logo, aqueles que tem sinergia maior de origem e destino acabaram fazendo bloco. Quando você trabalha com bloco, de um lado diminui o custo do aeroporto e de outro trabalha para o florescimento de novas oportunidades de negócio”, revelou.

Markun questionou Alexandre Sampaio sobre as iniciativas que ajudem a mensurar o os impactos econômicos do setor. “Acho que temos que apresentar números cada vez mais confiáveis e defender políticas publicas boas para o setor. Também temos que defender empregabilidade, então acho que temos que trabalhar unidos para o processo. Precisamos trabalhar nossa representação política e a presença do empresariado, mas acho que reunindo números de toda a atividade turística e trabalharmos juntos, o turismo será visto com a importância que tem”, comentou.

Ricardo Catanant respondeu sobre os acordos de serviços aéreos e a regulação do setor. “A aviação é um dos setores mais regulados, isso não é novidade. Os acordos de serviços aéreos por vezes impossibilitam a entrada de novas empresas em mercados internacionais. O Brasil vem celebrando mais e mais acordos de céus abertos e as empresas têm possibilidade de encontrar a demanda livremente. Chile e Argentina já abriram as portas e o resultado é fabuloso, portanto é um ponto que merece bastante reflexão”, revelou.

Coube ao ministro Vinicius Lummertz encerrar o debate. “Bem ou mal tivemos crescimento de oito posições no ranking de competitividade entre 2013 e 2017. Eu sou muito otimista em relação com o que vamos viver daqui pra frente. Volto a dizer que devemos pensar de forma sistêmica e de caráter amplo. Nós todos podemos ganhar com o aumento de nossa eficiência. Estamos em uma situação em que não precisamos de ninguém para resolver nossos principais problemas, é feito aqui e pode ser desfeito aqui. E eu acho que esse Fórum sobre conectividade é um importante passo pra isso.” finalizou.

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