Na manhã desta quinta-feira (13), um grupo de agentes de viagens se reuniu em frente ao escritório da operadora ViagensPromo para exigir esclarecimentos sobre uma série de problemas enfrentados nos últimos meses. Desde que a empresa anunciou um processo de reestruturação financeira, diversos agentes relataram atrasos no pagamento de comissões, falta de repasse a fornecedores e um aumento no número de reclamações em plataformas como o Reclame Aqui.
A crise atingiu um novo patamar quando passageiros começaram a enfrentar dificuldades em suas viagens. Relatos indicam que alguns clientes foram impedidos de embarcar ou tiveram problemas ao tentar realizar check-in e check-out em hotéis devido à inadimplência da operadora. O cenário tem gerado indignação entre os agentes, que, para minimizar os impactos aos viajantes, vêm arcando com os prejuízos por conta própria.
Leia também: O que pode estar por trás da crise na ViagensPromo? Relembre a trajetória da operadora e veja pronunciamento oficial
Em nota oficial, CVC Corp reafirma seu compromisso e garante suporte aos agentes de viagens em momento difícil
Protur repudia crise da ViagensPromo e acusa hotéis de práticas desleais
A falta de uma comunicação clara por parte da ViagensPromo tem intensificado a insatisfação do setor. Muitos agentes relatam dificuldades para obter informações concretas sobre os problemas enfrentados e as possíveis soluções. Diante disso, a manifestação em frente ao escritório da empresa foi organizada com o intuito de obter respostas diretas da equipe de gestão.
No entanto, ao chegarem ao local, os manifestantes foram informados de que os funcionários da operadora estavam trabalhando de forma remota. A frustração do grupo foi registrada em vídeos que circulam em grupos de WhatsApp, onde os profissionais do setor cobram um posicionamento de Renato Kido, proprietário da ViagensPromo.
“Estamos desde as 08h da manhã aqui esperando uma resposta de vocês”
“Ficar sem resposta é uma falta de respeito”
“Queremos uma data e previsão”
“Estamos sendo ameaçados pelos nossos clientes”, foram algumas das declarações dadas pelos agentes no vídeo.
O M&E enviou um repórter para o local, mas a manifestação já havia se encerrado.
De acordo com apuração de Felipe Abílio, repórter do M&E, cerca de 23 agentes estiveram no local para cobrar um posicionamento. Os agentes queriam uma conversa com Renato Kido, que não estava no local. Os agentes foram informados que nenhum colaborador estaria no prédio e após algumas horas, desistiram de aguardar. A polícia não compareceu ao local e os agentes não deixaram contato com a portaria.
*Essa matéria foi atualizada após apuração do M&E.