O setor de viagens corporativas alcançou em novembro um faturamento de R$ 1,236 bilhão, quase 30% acima do registrado no mesmo mês de 2019 (antes da pandemia), e mais 16,42% em relação a novembro do ano passado. No acumulado de janeiro a novembro, o faturamento chega a R$ 12,6 bilhões, valor que supera todo o ano de 2019 e também de 2022, conforme dados levantados pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) junto a seus associados.
Uma das novidades do levantamento deste mês está no desempenho da Latam, que, pela primeira vez no ano, superou o share da Gol em transações nacionais. A Latam fechou o mês com 36,4% e a Gol com 32,7%. “Essa é a primeira vez neste ano que esse fato acontece”, ressalta Humberto Machado, diretor executivo da Abracorp, que ainda comentou sobre o mês de novembro. “Poderia ter tido um faturamento ainda maior, não fosse a sequência de feriados”, complementou.
Existe uma explicação para este desempenho da Latam em novembro. “Estamos investindo em oferta nos horários premium de São Paulo e demais bases estratégicas para o corporativo. Além de focar na gestão de guardar os melhores lugares para esse público”, diz Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam.
RODOVIÁRIO – O setor rodoviário com forte expansão, devido aos altos preços das passagens aéreas e, ao que o estudo indica, ainda não atingiu seu ponto máximo. Em novembro, atingiu a inédita marca de R$ 4,2 milhões, superando o faturamento do mesmo período em 2022 (R$ 2,55 milhões). Esse valor já havia sido mais que o dobro de 2019, com pouco mais de R$ 1 milhão.
HOTELARIA – Houve crescimento no número de reservas nacionais. No ano, o acumulado é de 2,6 milhões frente a 2 milhões em 2019. Em novembro deste ano registrou 344.955, frente a 342.769, no mesmo período de 2019. Porém, quando comparado ao número de permanência, a média por viajante caiu de 4 dias para 3. “Provavelmente, esse fenômeno se deve por redução de custos das empresas”, avalia Machado. Em novembro o setor faturou R$ 313,8 milhões, 34,60% acima de novembro de 2019.