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Agências e Operadoras / Destinos

ESPECIAL: Turismo Sustentável transforma indústria e interesses dos viajantes

Observação da fauna durante o passeio de barco no Pantanal (Foto: Ana Azevedo/arquivo pessoal)

Observação da fauna durante o passeio de barco no Pantanal (Ana Azevedo)

Bandeira levantada há décadas, a sustentabilidade ganhou notoriedade nos últimos anos, principalmente com a presença da pandemia de Covid-19, e agora é o tópico central da Organização Mundial do Turismo (OMT) no trabalho conjunto com as nações, para a reconstrução da indústria turística.

“O turismo está pronto para fazer o trabalho duro e cumprir suas responsabilidades para com as pessoas e o planeta. Como nunca antes, a pandemia deixou clara a relevância do setor nas economias e sociedades, e agora está no centro dos planos de ação de recuperação nacional e internacional, em prol da sustentabilidade e inclusão”, pontua Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT.

“O turismo é uma força poderosa para o bem do Brasil e de todas as Américas”

Conforme a organização, o Turismo Sustentável se mostra uma tábua de salvação para o setor a nível mundial, tanto do ponto de vista dos players quanto dos consumidores, e sua relevância impacta na escolha das viagens.“O turismo é uma força poderosa para o bem do Brasil e de todas as Américas. Estou particularmente encorajado pelo compromisso de aumentar a inovação e usar o Turismo como uma ferramenta para promover o desenvolvimento sustentável para todos”, endossa.

Zurab Pololikashvili, secretário-Geral da OMT (Foto: reprodução)

Zurab Pololikashvili, secretário-Geral da OMT (Reprodução)

Segundo o Relatório de Viagens Sustentáveis 2022, da plataforma Booking.com, 81% das pessoas no mundo pensam em viajar de forma sustentável, 67% esperam encontrar mais opções neste formato e 71% desejam consumir esta vertente nos próximos 12 meses. O volume representa alta de 10% em comparação com 2021.

O estudo é baseado na declaração de 30.314 entrevistados em 32 países, coletadas digitalmente em fevereiro deste ano, e que servem de panorama para a adaptação das empresas à demanda. A publicação também constatou que 46% dos viajantes globais se hospedou em um hotel sustentável em 2021, e dentre as motivações para a escolha, 41% creem que dessa forma estão ajudando a reduzir o impacto ambiental, 33% buscam uma experiência mais relevante localmente e 29% pensam que propriedades sustentáveis se preocupam mais com a comunidade local.

Oferta e demanda

Olhando para o mercado nacional, a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) identificou, em seu Boletim do primeiro trimestre do ano, que houve alteração no comportamento do turista sobre os padrões das viagens (30%), além do surgimento de uma preocupação com questões de sustentabilidade (21%) e maior curiosidade sobre produtos e serviços sustentáveis (26%).

E dentre os fatores que mais motivam as ações e implementações sustentáveis entre associados Braztoa, a proteção do meio ambiente sai na frente, com 25%, seguida da melhoria da sociedade, com 22%.

“Turismo e Sustentabilidade precisam caminhar juntos, afinal, nos destinos está a matéria prima desta atividade, e por isso é fundamental que ele seja desenvolvido de forma responsável”

“Turismo e Sustentabilidade precisam caminhar juntos, afinal, nos destinos está a matéria prima desta atividade, e por isso é fundamental que ele seja desenvolvido de forma responsável. Precisamos ter em mente que a sustentabilidade é fruto de escolhas diárias, daquilo que se faz para se alcançar o resultado financeiro mantendo o equilíbrio e o respeito pelos recursos ambientais e sócios-culturais”, afirma Roberto Nedelciu, presidente da Braztoa, em entrevista exclusiva ao Mercado & Eventos.

Roberto Haro Nedelciu, presidente da Braztoa

Roberto Haro Nedelciu, presidente da Braztoa (Divulgação)

Na visão da associação, o papel das operadoras de turismo é fundamental para a disseminação de produtos que tenham uma preocupação com a sustentabilidade. “As operadoras são especialistas em desenvolver experiências nos destinos de acordo com os perfis do público que atendem. Sendo assim, além de zelar pela gestão interna, atuam em cooperação com os destinos e a rede de fornecedores e podem contribuir para o desenvolvimento de negócios que estejam comprometidos com uma sociedade e um mundo melhor”, salienta.

Nedelciu pontua ainda, que as empresas filiadas à Braztoa contribuem para todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com destaque para o ODS 5 (Igualdade de Gênero), ODS 3 (Saúde e Bem-Estar) e ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico). Trata-se de um pacto global proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) com 17 pilares focados no desenvolvimento social e econômico sustentável, que devem ser alcançados até 2030.

Ações de sustentabilidade Braztoa

Alinhada com o compromisso de tornar a indústria turística melhor, a entidade desenvolve uma série de ações, como o Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, criado em 2012, para dar visibilidade às empresas e suas ações sustentáveis, fomentando a cultura empresarial de gestão sob essa linha de atuação e estimulando a cadeia do turismo a agir de maneira ambientalmente responsável, socialmente justa e economicamente viável.

“Sempre acreditamos que o grande diferencial do turismo é justamente ser H2H – humano para humano – e nos brilhou os olhos ver que, mesmo diante de uma crise tão dramática como a pandemia de Covid-19, tivemos tantos casos de união e de reinvenção e que o turismo pode desempenhar um papel de tanta relevância para a sociedade”, reitera.

Até este ano, a premiação soma mais de 900 cases inscritos e quase uma centena de homenageados, com atuações diversas e de diferentes partes do país. Somente na edição realizada em abril, na Serra Catarinense, foram 104 ações candidatas. O próximo Prêmio Braztoa ocorrerá em dezembro, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, celebrando seus 10 anos.

Na edição de 2022 do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, as iniciativas vieram de 22 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e de países como Estados Unidos, França, Colômbia e Portugal. Foto: reprodução

Na edição de 2022 do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, as iniciativas vieram de 22 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e de países como Estados Unidos, França, Colômbia e Portugal. Foto: reprodução

Em paralelo, Nedelciu pontua que a Braztoa continuará com projetos como o Seeds, que promove e troca de ideias sobre o turismo sustentável; a implementação da Rede de Aprendizagem para reunir todos os vencedores do Prêmio, jurados e associados Braztoa; a ampliação do escopo da Academia de Excelência Braztoa, a fim de gerar e compartilhar dados e conteúdo de qualidade; além do apoio à comercialização e todas as ações no âmbito institucional, sensibilizando o governo quanto ao seu papel no desenvolvimento de políticas públicas aderentes ao Turismo.

“Continuaremos comprometidos, empenhando todos os nossos melhores esforços, a muitas mãos, para que o turismo seja um caminho de evolução para as pessoas, empresas, nosso país e para o planeta”

“Continuaremos comprometidos, empenhando todos os nossos melhores esforços, a muitas mãos, para que o turismo seja um caminho de evolução para as pessoas, empresas, nosso país e para o planeta”, complementa.

Destino modelo

Eleito 16 vezes como o “Melhor Destino de Ecoturismo do País” pelo prêmio “O Melhor de Viagem e Turismo”, promovido anualmente pela revista Viagem e Turismo, da Editora Abril, Bonito se destaca pela potência no desenvolvimento das atividades turísticas de contato com a natureza, além do uso do sistema de gestão, que atua com foco em segurança, pessoas e meio ambiente, delimitando um limite diário de usuários por atrativo, para promover o conforto do viajante e minimizar a degradação do ecossistema.

A novidade, no entanto, é o compromisso do Estado para transformar Bonito no primeiro destino ecoturístico de Carbono Neutro no mundo. Para tanto, está sendo feito o levantamento do volume de emissões, que serão compensadas por meio da compra de crédito de carbono no próprio Mato Grosso do Sul.

Em seguida, haverá a auditoria das ações tomadas, culminando na certificação e na assinatura dos compromissos ambientais, por parte dos empresários locais, com a divisão de mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU). A adoção de energias renováveis e a eliminação do uso de plástico também estão previstas dentre as mudanças necessárias.

“Redução é compromisso local e não basta termos o certificado, temos que fazer manutenção dos novos comportamentos e medidas implementados. É válido salientar que não haverá impacto deste investimento na tarifa do consumidor, pois a compensação será feita pelo Estado e dentro do nosso território”, destaca Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo do Estado (Fundtur MS).

Bruno Wendling, presidente da Fundtur MS (Foto: Ana Azevedo/M&E)

Bruno Wendling, presidente da Fundtur MS (Ana Azevedo/M&E)

Segundo o dirigente, há planos para que a compensação de CO2 ocorra na Serra do Amolar, área de 80 quilômetros de extensão, na fronteira do Brasil com a Bolívia e que engloba os municípios de Cáceres (MT) e Corumbá (MS), onde fica parte do Pantanal.

Maior planície alagável do mundo, o Pantanal é também palco do novo projeto Pontes para o Turismo de Base Comunitária no Mato Grosso do Sul. A iniciativa governamental elaborada em parceria com o Sebrae-MS oferta experiências em cinco aldeias indígenas na região de Miranda, na Comunidade Quilombola Furnas da Boa Sorte, em Corguinho, e em três tipos de comunidades ribeirinhas em Corumbá.

Vamos atuar de fato com o Turismo de Base Comunitária, pois acreditamos nos benefícios que a atividade emprega, enquanto apresenta educa, conscientiza, apresenta a culturas e reflete no desenvolvimento socioeconômico”

“Vamos atuar de fato com o Turismo de Base Comunitária, pois acreditamos nos benefícios que a atividade emprega, enquanto apresenta educa, conscientiza, apresenta a culturas e reflete no desenvolvimento socioeconômico. Estamos trabalhando com locais que já tinham interesse em desenvolver tais atividades”, pontua.

Há ainda, a recém-criação da rota Bonito-Pantanal pela Fundtur-MS em parceria com o Sebrae do estado e os empresários de ambas as localidades, que agora trabalham as opções turísticas em conjunto para oferecer uma experiência completa.

Sendo assim, os pacotes ofertados pelas operadoras, como por exemplo, a BWT, dividem a estada e as atividades do viajante. Além da permanência e visitação aos atrativos em Bonito, as variantes podem incluir o Pantanal no município de Miranda, Aquidauana e Corumbá.

“A criação da rota Bonito-Pantanal era um sonho que eu tinha desde a minha primeira gestão na Fundtur. O Pantanal oferece paisagens deslumbrantes o ano todo e atividades exclusivas, como navegação nos no corixos, avistamento de fauna e flora, das quais algumas são endêmicas, inscrições rupestres e o contato com a cultura do homem pantaneiro, que é centenária e se mantém fiel às origens”, declara.

O mergulho no rio é uma das experiências mais procuradas de Bonito (Foto: divulgação)

O mergulho no rio é uma das experiências mais procuradas de Bonito (Foto: divulgação)

Bruno aproveita para destacar a oferta de cruzeiros fluviais nos rios pantaneiros, formatados com quatro ou cinco noites em sistema all inclusive, pela Joice Tour. O roteiro conta com embarque no Porto Geral de Corumbá, navegando pelo Rio Paraguai com entrada no Parque Nacional do Pantanal e no Morro do Cará-Cará. “Os cruzeiros fluviais no Pantanal são a estrela da região. Temos dois empresários locais investindo no produto e ofertando o melhor em exclusividade e expertise”, enfatiza.

Pingos nos “Is”

É importante salientar que, embora possam ser praticados concomitantemente, há uma diferença entre Turismo Sustentável, Ecoturismo, Turismo de Aventura, Turismo Rural, Turismo Criativo e Turismo de Base Comunitária. Por definição da OMT, o Turismo Sustentável visa, simultaneamente, promover a conservação ambiental, equidade social, eficiência econômica e respeito à cultura.

Já o Ecoturismo, que também pode exercer as mesmas práticas, está fortemente ligado as ações que envolvem o contato com a natureza, como por exemplo, trilhas, banho de mar e cachoeira, arvorismo, tirolesa e camping. A vertente Aventura se distingue, nesse caso, pela a intensidade das ações e o grau de dificuldade, como a prática de escaladas, rapel, tirolesa, caiaque, canoagem e outras opções que instiguem o desafio e a elevação da adrenalina.

O Turismo Rural, por sua vez, se compromete com a valorização do patrimônio cultural e natural como elementos da oferta turística, principalmente pelo uso da agropecuária. Nesse sentido, a culinária tem forte apelo, bem como a colheita em plantações, a participação do turista no processo de confecção de alimentos, o consumo de produtos orgânicos e artesanais, cuidado com animais e até esportes, como cavalgadas, arvorismo e off-road. As possibilidades são plurais.

Balneário Municipal de Bonito, no Mato Grosso do Sul (Foto: Ana Azevedo)

Balneário Municipal de Bonito, no Mato Grosso do Sul (Ana Azevedo)

Nesse segmento, há ainda, a possibilidade do voluntariado, em que o visitante participa de operações focadas na melhoria estrutural da comunidade, seja pela recuperação da flora, cuidado com a fauna ou em oficinas de criação de artesanato, cosméticos e alimentos.

No Turismo Criativo o mote é o uso da criatividade, diversidade cultural e capital intelectual como insumos primários para geração de valor. Arte, dança, música e gastronomia são algumas das ferramentas utilizadas neste nicho.
Já o Turismo de Base Comunitária é caracterizado pelo uso da comunidade como protagonista no processo turístico e econômico, influenciando na autogestão, que permite o envolvimento ativo em todos os processos, do planejamento à execução.

É comum ver este formato sendo executado por moradores de comunidades tradicionais – caiçaras, ribeirinhas, indígenas e quilombolas – que recebem viajantes em suas residências e compartilham seu dia a dia. A modalidade é uma oportunidade para compartilhar conhecimentos sobre habilidades, história e cultura, além de impactar positivamente a economia local.

Investimento massivo

Especializada em volunturismo, vertente que mescla o turismo e voluntariado na mesma experiência de viagem, a Vivalá atingiu, neste ano, a marca de R$ 1 milhão injetados na economia das localidades onde atua. Seu trabalho resultou na obtenção do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade na categoria de Agências de Turismo, referente ao período 2020-2022.

“Nosso objetivo é dobrar esse volume até 2023. Hoje atuamos em oito Unidades de Conservação do Brasil e dobraremos nossa área de operação até 2024, consolidando, pela primeira vez, o turismo de base comunitária no país. Acreditamos que o Brasil tem potencial para ser o maior destino de turismo sustentável do planeta e estamos trabalhando para tornar o país referência mundial neste segmento”, afirma Daniel Cabrera, co-fundador e diretor executivo da Vivalá.

A empresa está em expansão e conta com apoio ou investimento de grupos como Amaz, Harvard Angels e Synthase, cujo objetivo é levar o Volunturismo, que hoje acontece na Amazônia, para todos os outros destinos de atuação. Até o momento foram realizadas 85 expedições e 7 mil horas de voluntariado, transportando mais 1.400 viajantes a oito destinos no Brasil: Aldeia Shanenawa (AC); Rio Negro (AM); Rio Tapajós (PA); Chapada da Diamantina (BA); Geoparque Seridó (RN); Lençóis Maranhenses (MA); Chapada dos Veadeiros (GO); e Grande Sertão Veredas (MG), em roteiros de quatro a oito noites.

Com a Universidade Vivalá de Negócios, metodologia própria criada para apoiar pequenos negócios de comunidades tradicionais, nas áreas de Bioeconomia, Saúde, Educação e Meio Ambiente, a empresa concilia o conhecimento com a atividade turística.

“A Universidade Vivalá de Negócios foi uma das maneiras que encontramos para ajudar a desenvolver o Brasil de maneira estruturada, contínua e gratuita através do voluntariado em nossos programas de Volunturismo” diz Daniel.

O conteúdo é dividido em dez módulos e aborda temas como definição de negócios, planejamento financeiro, marketing, vendas, sustentabilidade e planejamento a longo prazo. “A abertura de novas frentes de volunturismo nas áreas de Saúde, Educação e Meio Ambiente foi uma demanda tanto das comunidades que precisam de tais serviços, quanto dos volunturistas que também desejam atuar dentro da própria área de formação”, salienta.

O executivo pontua ainda, que cerca de 80% dos viajantes são mulheres jovens, entre 23 e 45 anos, de grandes cidades do eixo Sudeste –Sul, com destaque para São Paulo, e pelo menos graduação superior completa. “O interesse das pessoas por viagens que promovam o contato intenso com a natureza vem aumentando significativamente. É importante destacar que o turismo de base comunitária traz o protagonismo para as populações locais onde ele acontece, gerando oportunidades de trabalho e renda, ao mesmo tempo em que preserva e valoriza a cultura tradicional dessas pessoas”, frisa.

Dentre os novos produtos da Vivalá destaca o formato TBC de Aventura, nos Lençóis Maranhenses, que combina o turismo de base comunitária com atrações de aventura, como a travessia de 40 km nos Lençóis Maranhenses. “Junto aos viajantes, nossa missão é ressignificar sua relação com o Brasil e suas comunidades tradicionais, como indígenas, ribeirinhos, quilombolas e sertanejos. Quero deixar as portas abertas, aqui na Vivalá, para todos aqueles que entendem o impacto positivo do turismo sustentável e queiram somar esforços neste sentido”, comenta Daniel.

Turismo Sustentável na cidade

Ademais das viagens de longo percurso, é possível também praticar o Turismo Sustentável nas cidades, como por meio de visitações aos aquário, jardins botânicos e zoológicos, que têm em suas programações atividades recreativas e educacionais para conscientizar os visitantes da importância do meio-ambiente ao mesmo tempo que promovem diversão.

“A conexão é total, não só porque Educação ambiental é imprescindível para o turismo sustentável, em todos os níveis, mas porque o Zoológico, por si só é um centro de educação para a preservação da fauna, flora e recursos naturais, com diversas outras atividades sustentáveis recorrentes, desde a coleta e separação do lixo, até o tratamento de resíduos e da água utilizada”, descreve Heraldo Evans, sócio gestor da Reserva Paulista, concessionária responsável pela gestão do Zoológico, Zoo Safári e Jardim Botânico de São Paulo.

Em termos de público, o executivo pontua que é possível notar diferença no volume de público entre o período pré e pós pandemia de Covid-19. “O Zoo fechou o primeiro semestre sob gestão da Reserva Paulista com aumento de 41% no número de visitantes em relação ao mesmo período de 2019”, compartilha.

O Zoológico de São Paulo oferece atividades educativas sobre a vida animal para adultos e crianças (Foto: divulgação)

O Zoológico de São Paulo oferece atividades educativas sobre a vida animal para adultos e crianças (Divulgação)

O equipamento turístico se reinventou e está com duas novas atrações, o programa “Reconecta”, destinado às escolas e a “Noite Animal”, uma experiência noturna, que visa evidenciar os hábitos dos animais à noite. No Jardim Botânico, a “Trilha da Nascente”, que conduz os visitantes 300 metros dentro da mata atlântica até uma das nascentes do Riacho Ipiranga, recebeu melhorias e foi reaberta. O Zoo Safari está passando por melhorias e uma mudança no formato. Agora os visitantes utilizam o carro do Zoo e os animais ficam soltos do lado de fora. O trajeto é feito com acompanhamento de biólogos.

“A procura, tanto para o Safári, como para a “Noite Animal” são altas e nossas expectativas é manter o crescimento”, salienta. Em formato regular, disponíveis durante a semana, finais de semanas e feriados, os visitantes do Zoológico de São Paulo podem aproveitar os jogos e mini exposições com peças reais de animais, como crânios, dentes e “pegadas”, principalmente de dinossauros.

Os temas seguem datas importantes, como o “Dia Mundial do Meio Ambiente”, “Dia Mundial da Biodiversidade”, e visam reter a atenção do público infantil ao mesmo tempo que promovem a troca de conhecimento. O Zoo disponibiliza ingressos unitários e há as versões que combinam a Exposição Mundo dos Dinossauros, a Exposição Mundo dos Dinossauros e a Ponte Orca, que é um serviço da EMTU, indo e voltando de e para o Terminal Jabaquara em conexão direta. Para o próximo verão, haverá a modalidade família e combos que incluem o Zoo, o Zoo Safári e o Jardim Botânico em um pacote.

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