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“A alta do dólar não vai passar impune”, afirma Eduardo Sanovicz

Eduardo Sanovicz, Presidente da Abear

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear (Eric Ribeiro/M&E)

SÃO PAULO – A alta cotação do dólar deve afetar diretamente à aviação comercial brasileira. A moeda norte-americana, que chegou a marca de R$ 4,25 na última semana, impacta em mais da metade dos custos das companhias aéreas no Brasil, gerando efeitos diretos nos preços das passagens. O fenômeno atinge o mercado exatamente em meio à recuperação da oferta perdida com a crise da Avianca Brasil, que poderia ocasionar a redução no valor dos bilhetes em diversos trechos.

“A partir de janeiro estará completamente reposta a oferta que perdemos com a Avianca. Portanto retornaríamos ao patamar do início do ano. Mas nos deparamos no fim do ano com esta variação do dólar. A alta do dólar não vai passar impune, pois 52% do custo da aviação brasileira é dolarizado”, destaca Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira da Empresas Aéreas (Abear), durante o painel “Cenário Brasil: Investimentos e Infraestrutura para crescimento da conectividade”, parte da programação oficial do II Fórum Conectividade.

Entre estes custos, Sanovicz citou o leasing de aeronaves e a manutenção, ressaltando que, diferentemente de outros modais de transporte, a aviação não conta com subsídios. Este cenário torna ainda mais necessária a adoção de padrões internacionais para garantir conectividade às companhias aéreas.

Eduardo Sanovicz durante painel no Fórum Conectividade

Eduardo Sanovicz durante painel no Fórum Conectividade (Eric Ribeiro/M&E)

“O transporte aéreo não é subsidiado. Todo o recurso quem vem é oriundo da venda de passagens e da venda bagagens e serviços. É fundamental entender que nada vem de graça. Tudo que foi conquistado é fruto da disputa, do crescimento e das decisões corporativas. O que queremos é que as regras que norteiam o mercado internacional sejam aplicadas aqui também”, completou o presidente da Abear.

Para Eduardo, esses gargalos da aviação comercial brasileira que a tornam pouco competitiva a nível global, foram ampliados na mesma medida que o número de passageiros e voos cresceu. “O que muita gente não se dá conta é que a Varig no seu melhor ano transportou 8 milhões de passageiros. A Avianca antes do fim das operações transportava 12 milhões. A aviação, de 2005 para 2019, cresceu quase três vezes e meia e os problemas cresceram na mesma proporção”, analisou.

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