“A Malaysia Airlines precisa se reinventar”. Essas foram as palavras (e única opção) ditas pelo CEO da companhia aérea, Christoph Muller, na última semana, ao acreditar que o foco da Malaysia, a partir de agora, é investir em aeronaves menores, na racionalização do staff, nos serviços customizados e em toda uma tecnologia digital aplicada às frotas, equipes a bordo e de solo.
“Nossas aeronaves são muito grandes”, disse o CEO, que acredita que grande parte da frota foi comprada quando as aéreas da região ainda tinham um certo domínio das rotas entre Europa e Austrália. “Agora, precisamos nos reinventar”, frisou Christoph.
Como resultado desta nova estratégia, a companhia aérea já pretende vender dois de seus Airbus A380s. A Malasyia também pretende vender seus Boeing 787Fs (cargueiros) e reavaliar o real potencial da frota de B777.
Por falar em vendas e cortes, o processo de racionalização dos seus postos de trabalho está quase completo. Até o fim destes mês, seis mil empregos serão descontinuados. Por outro lado, a companhia aérea fez novas propostas de emprego para 14 mil funcionários no começo deste mês. Destes, apenas 1% rejeitou a oferta.
Acumulando perdas de US$ 1,3 bilhão desde 2011, a Malaysia Airlines foi adquirida por US$ 369 milhões pelo Khazanah Nasional Bhd. A empresa aliada ao governo também prometeu injeções de US$ 1,5 bilhão para ajudar a companhia a sair desta situação.