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Aviação / Feiras e Eventos

Abav TravelSP: painel debate aumento de preço das passagens e mudanças no setor

Painel

Painel discutiu temas como as mudanças no setor, importância do agente e aumento dos preços das passagens (Eric Ribeiro/M&E)

ÁGUAS DE LINDÓIA – O painel “Reconectando as companhias aéreas”, que aconteceu na manhã deste primeiro dia de Abav TravelSP, debateu as mudanças no setor pós pandemia e o aumento dos preços das passagens aéreas. Mediado por Gervásio Tanabe, da Abracorp, o painel teve participação do presidente da Abav-SP I Aviesp, Fernando Santos; do diretor de vendas e marketing da Latam Airlines, Diogo Elias; e Roberto Luiz, diretor de Negócios Aéreos da Inframerica.

Gervásio iniciou o painel traçando um panorama do setor de transportes aéreo atualmente e sobre a necessidade de ter um equilíbrio do mercado corporativo com o de lazer e como isso representa um grande desafio para o setor. Em seguida, o presidente da Abracorp questionou os painelistas sobre o novo normal. “Muito se falou do novo normal e da nova forma de fazer turismo, mas queria saber de vocês, o que acreditam que fica e o que deve acabar no pós pandemia. Este período de Covid-19 deve afetar o tráfego, por exemplo?”

Tanabe ainda questionou como explicar aos clientes e passageiros o aumento de preços e de tarifas. “Principalmente no mercado doméstico, este aumento no valor é uma realidade que a gente enfrenta. O que temos que fazer é tentar explicar um pouco para nossos clientes o porque isso acontece. Como nosso associado pode explicar ao cliente este aumento?”, perguntou.

Diogo Elias, diretor de vendas e marketing da Latam Airlines (Foto: Eric Ribeiro).

Diogo Elias, diretor de vendas e marketing da Latam Airlines (Eric Ribeiro/M&E)

Diogo Elias, diretor de Vendas e Marketing da Latam Airlines, afirmou que não vê grandes mudanças e impactos negativos, mas explicou os impactos nos valores das passagens. “A demanda ainda não se recuperou do que era. Mas o lazer teve um crescimento grande que deve perdurar. Ainda não sabemos como as viagens corporativas ficarão, mas muita coisa mudou! A tecnologia acelerou muito durante a pandemia, a própria forma de fazer check-in e essas mudanças são positivas”.

“Quanto ao aumento das passagens, não somos um setor isolado. Tudo subiu. O preços do combustível cresce – às vezes, de 80% ou 100% a mais do que era em 2019 e o combustível representava já na época 1/3 do custo de uma companhia aérea. Hoje, representa mais de 40%, cresceu muito mais que os outros custos e esse é o principal responsável que acaba prejudicando o preço. Espero também que não seja aprovada a MP que pretende acabar com a cobrança de bagagem despachada. Isso é um retrocesso absurdo”.

Roberto Luiz, diretor da Inframerica (Foto: Eric Ribeiro).

Roberto Luiz, diretor da Inframerica (Eric Ribeiro/M&E)

Roberto Luiz, diretor da Inframerica, acredita que outros fatores afetam muito mais o setor do que a covid. “Muita coisa pode e/ou vai ficar e algumas delas são muito boas, como os embarques e desembarques ordenados e em filas, por exemplo. Em termos do novo normal, de afetar o tráfego aéreo e ter consequências negativas, acredito que não. As crises de guerra na Ucrânia, o aumento do combustivo, por exemplo, impacta muito mais do que a questão do novo normal no meu ponto de vista”, explicou.

Segundo Roberto, para diminuir os preços e crescer, é necessário que o Brasil tenha uma economia positiva. “Temos que ter uma economia forte e mais positiva. E o turismo tem que trabalhar pelo mesmo bem, pois é um organismo vivo e toda a cadeia se beneficia quando crescemos. Por exemplo, quando um aeroporto cresce, não tem como uma companhia aérea não se beneficiar, um agente não se beneficiar”, completou.

Mudança de perfil e comportamento dos passageiros 

Fernando Santos, presidente da Abav-SP I Aviesp (Foto: Eric Ribeiro).

Fernando Santos, presidente da Abav-SP I Aviesp (Eric Ribeiro/M&E)

Fernando Santos falou sobre a valorização das agências durante a pandemia. “Para os agentes, esta visão é muito clara que o consumidor final [o cliente], valorizou muito o trabalho das agências físicas, principalmente no retorno das viagens. As companhias aéreas enxergam também essa força das agências? Houve uma mudança no tipo de passageiro e como ele viaja?”, perguntou o presidente da Abav-SP I Aviesp aos painelistas.

Diogo afirmou que a companhia viu sim uma mudança no comportamento de compra dos clientes e também na relação com os agentes. “Em relação a perfil, não vimos grande mudanças, a não ser o crescimento do viajante de lazer. Mas vimos mudanças no comportamento de compra destes passageiros. Durante a pandemia, quando as coisas começaram a retomar, vimos que o lazer, que costumava a fechar com mais antecedência, passou a fechar com períodos mais curtos. Mas isso já normalizou. O corporativo está voltando mais também, mudando um pouco o comportamento de compra”.

“Sobre a valorização e importância do agente, acredito que segue fundamentalmente. A maior confiança do passageiro é em um especialista.

“Sobre a valorização e importância do agente, acredito que segue fundamentalmente. A maior confiança do passageiro é em um especialista. Mesmo com o investimento da tecnologia por parte das companhias aéreas sendo importante, afinal parte da jornada tem que ser digitalizada, o que é venda e processo de segurança não deve mudar e a importância do agente se fortaleceu durante a pandemia. O turismo é uma cadeia gigante, que deve estar conectada”, completou.

Roberto também acredita na força do agente e na importância do profissional para o crescimento do setor. “Como aeroporto temos menos contato com os agentes mas eu como passageiro e cliente sinto que o papel da agência é fundamental. Muitas pessoas se sentem mais confortável tendo um apoio. Acredito muito no trabalho das agências como impulsor dos nossos negócios”, finalizou.

O M&E viaja com proteção GTA e com apoio da Shift Mobilidade Corporativa.

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