O preço das passagens aéreas nos Estados Unidos registrou alta de 57% de 2019 ao primeiro semestre de 2023, quase o dobro da variação registrada no Brasil, de 32%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Bureau of Transportation Statistics dos EUA, uma das agências federais de estatística.
No mercado norte-americano, a tarifa média subiu de R$ 338,42, em 2019, para R$ 532,56 no primeiro semestre do ano passado. Os valores considerados são nominais, sem considerar a inflação do período, e foram convertidos para real para facilitar a comparação.
“Esses dados comprovam que a pressão dos custos estruturais da aviação comercial sobre os preços das passagens aéreas não é um fenômeno exclusivo do Brasil, é um cenário que ocorre mundialmente”, afirma a presidente da ABEAR, Jurema Monteiro. “O levantamento também comprova a eficiência das empresas aéreas brasileiras, que apesar de serem pressionadas pelos custos conseguem oferecer tarifas competitivas num cenário global”, acrescenta.
A comparação do preço pago por quilômetro voado (yield) entre os dois países também registrou oscilações similares aos preços das tarifas aéreas. Nos EUA, esse indicador teve alta de 55,8% de 2019 ao primeiro semestre do ano passado. Já no Brasil, a variação foi de 31,2% em igual comparação. O yield no mercado americano foi de R$ 0,34 em 2019 e saltou para R$ 0,53 no primeiro semestre de 2023. No Brasil, esse indicador passou de R$ 0,32 para R$ 0,42 no mesmo período.