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Aviação

Aéreas brasileiras acumulam prejuízo de R$ 2 bilhões até setembro de 2018

top-passenger-airplane-wallpapers-for-windows-phoneampdesktop-airplanes-background-wallpaper-wallpapers-hd-desktop-free-aircraft-download-for-ipad-posters-pack-windows-7As demonstrações contábeis divulgadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) revelam que as quatro maiores empresas brasileiras de transporte aéreo público de passageiros do País, em participação de mercado — Gol, Latam, Azul e Avianca —, acumularam prejuízo de R$ 2 bilhões de reais nos três primeiros trimestres de 2018. O resultado isolado do 3º trimestre do ano mostra que as aéreas também pioraram o seu desempenho em relação ao mesmo período de 2017, com prejuízo de R$ 556 milhões em 2018 contra lucro de R$ 787 milhões em 2017.

No 3º trimestre deste ano, a Azul e a Latam foram as únicas empresas que tiveram lucro líquido positivo. O da Azul foi de R$ 35 milhões, e o da Latam ficou em R$ 1,1 milhão. Gol e Avianca apresentaram prejuízos líquidos no trimestre de R$ 405 milhões e R$ 188 milhões, respectivamente. Considerando a margem líquida das empresas no 3º trimestre deste ano, a da Latam foi de 0,03%, enquanto da Azul foi de 1,5%. Gol e Avianca tiveram margem líquida de -15,1% e -15,5% respectivamente.

A receita operacional líquida agregada das quatro empresas, no acumulado dos três trimestres, cresceu 15,9% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 29,5 bilhões. Os custos dos serviços prestados apresentaram aumento de 23,6%, atingindo R$ 26 bilhões. Desta forma, com o incremento dos custos dos serviços prestados em percentual maior do que o crescimento da receita operacional líquida, o lucro bruto das quatro empresas, em conjunto, caiu 21%, passando de R$ 4,4 bilhões nos três primeiros trimestres de 2017 para R$ 3,4 bilhões em 2018. O item de maior impacto entre os custos e despesas foram os combustíveis, representando 31,7% do total.

A receita do setor do 3º trimestre aumentou em 17,2%, de R$ 9,2 bilhões para R$ 10,8 bilhões. Entretanto, os custos dos serviços prestados tiveram um incremento de 32,8%, com um total de R$ 9,4 bilhões, causando, assim, uma queda no lucro bruto de -33,9%.

No acumulado dos três trimestres do ano, o EBIT (do inglês Earnings Before Interest and Taxes) das empresas variou negativamente de R$ 530 milhões positivos, no mesmo período do ano passado, para R$ 126 milhões negativos. Observando-se apenas o 3º trimestre, o EBIT foi positivo em R$ 57,4 milhões, com margem positiva de 0,5%, ante R$ 612,5 milhões positivos e margem EBIT positiva de 6,6% no 3º trimestre e 2017.

O resultado financeiro acumulado das aéreas até o 3º trimestre passou de R$ 1 bilhão negativo em 2017 para R$ 1,8 bilhão negativo em 2018. O 3º trimestre isoladamente também apresentou piora no consolidado das principais empresas, saindo de R$ 27 milhões positivos em 2017 para R$ 542 milhões negativos em 2018.

 

Cenário macroeconômico

 

O 3º trimestre de 2018 foi marcado pela alta dos indicadores atrelados aos custos mais significativos do transporte aéreo: o preço do combustível da aviação (QAV) e a taxa de câmbio. O combustível esteve 55% maior que no mesmo período do ano anterior.

A taxa de câmbio do real frente ao dólar também manteve sua tendência de aumento em relação aos apurados para cada mês em 2017. Esse indicador (R$/US$), na média do trimestre, foi 25,1% superior ao mesmo período em 2017. O câmbio tem forte influência nos custos de combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves, que, em conjunto, representam cerca de 50% das despesas dos serviços aéreos.

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