Air France-KLM transporta 44 milhões e registra €12 bilhões de receita em 2021

Em 2021, o grupo conseguiu fechar com um EBITDA positivo de 745 milhões de euros

Air France-KLM divulgou nesta quinta-feira (17) os resultados operacionais e financeiros referentes a 2021. Destaque para a receita de 4,8 bilhões de euros alcançadas no quatro trimestre, um aumento de 95% em relação aos 2,47 bilhões de euros que foram registrados no último trimestre de 2020. O prejuízo líquido, por sua vez, foi de € 127 milhões, resultado signficativamente melhor do que os € 874 milhões de perdas no 4T21.

“O quarto trimestre marcou um ponto de virada para a Air France-KLM. Pela primeira vez desde o início da pandemia, o Grupo apresentou resultados melhores do que pré-Covid, com resultado operacional positivo”

Segundo a Air France-KLM, o resultado operacional de 178 milhões de euros, superior ao quatro trimestre de 2019 (pré-Covid), apesar de receitas menores, foi compensado por programas de controle de custos e reestruturação. Foi destaque também no 4T21 a aquisição de 100 A320neos, com direito de compra de mais 60 aeronaves, que irão expandir e renovar as frotas de KLM e Transavia, bem como um fluxo de caixa positivo de € 225 milhões.

RESULTADO ANUAL – Em 2021, o grupo fechou com um EBITDA positivo de € 745 milhões. Já o número de passageiros embarcados cresceu 31% e chegou a 44,6 milhões durante os 12 meses do ano passado. A capacidade medida em ASK cresceu 6,1%. A receita chegou a 12,2 bilhões, aumento de 33% em relação a 2021. Por fim, o prejuízo líquido do grupo Air France-KLM chegou a 3,2 bilhões de euros em 2021.

“A recuperação foi visível desde junho, que continuou no segundo semestre e, graças a restrições de viagens flexibilizadas, o Grupo conseguiu se recuperar de maneira lucrativa. A dívida líquida terminou em 8,2 bilhões de euros, uma redução de 2,8 bilhões em relação ao final de 2020, graças ao primeiro conjunto de medidas de reforço de capital”, informou a empresa.

Previsões para 2022: até 78% de capacidade no 1T22

Após um bom início de quarto trimestre e a reabertura dos Estados Unidos no início de novembro, a ascensão da variante Ômicron acabou prejudicando, em dezembro, o contínuo aumento das taxas de ocupação para o médio curso e tráfego doméstico. Devido às altas taxas de infecção na França e na Holanda, alguns voos tiveram que ser cancelados em janeiro.

Neste contexto, o Grupo espera operar uma capacidade para a atividade de passageiros entre 73% a 78% no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o primeiro trimestre de 2019. Para o ano fiscal de 2022, nenhuma previsão será feita por conta da situação sanitária e à reabertura do Japão e da China, mas até 31 de dezembro de 2021, o Grupo tinha 10,2 bilhões de euros de liquidez e linhas de crédito suficientes.

“O quarto trimestre marcou um ponto de virada para a Air France-KLM. Pela primeira vez desde o início da pandemia, o Grupo apresentou resultados melhores do que pré-Covid, com resultado operacional positivo. O desempenho geral reflete tanto a demanda reprimida por viagens, quanto o resultado de nossos esforços de transformação. A crise ainda não acabou, mas isso nos deixa otimistas para o futuro, pois aceleramos esses esforços para melhorar nosso desempenho”, disse Anne-Marie Couderc, presidente do Conselho de Administração da Air France-KLM.