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Aviação

Companhia regional da Azul, Azul Conecta é lançada oficialmente; meta é chegar a 200 destinos

A Azul lançou oficialmente a Azul Conecta, nova denominação da TwoFlex, adquirida pela companhia em janeiro deste ano. A nova subsidiária será o braço de aviação sub-regional da Azul, ampliando o número de destino atendidos. De acordo com a companhia, a meta é chegar a 200 cidades. A Azul Conecta hoje já atende a 36 destinos no país e conta com uma frota de 17 aeronaves modelo Cesna Gran Caravan, um turboélice regional monomotor com capacidade para até nove assentos.

Batimo da aeronave da Azul Conecta

Batimo da aeronave da Azul Conecta

O lançamento da companhia aconteceu na manhã desta terça-feira (11), no Aeroporto de Jundiaí, em São Paulo. Durante o evento foram apresentadas as aeronaves com a nova pintura da marca Azul Conecta. Marcaram presença John Rodgerson, presidente da Azul, Flávio Costa, vice-presidente Técnico Operacional, e Ronei Glanzmann, secretário nacional de Aviação Civil.

“Com essas aeronaves vamos transformar o Brasil mais uma vez. Vamos chegar a 200 destinos”, afirmou John Rodgerson. “Temos que olhar para o futuro e ver como vamos ajudar o Brasil voltar a crescer. O que vamos fazer nos próximos dez anos é muito mais do que já fizemos” completou o presidente da Azul.

O presidente da Azul ainda destacou a versatilidade da frota da companhia, que possibilitará chegar a um maior número de destinos de forma eficiente. “Essa é a fortaleza da Azul. Temos aeronaves pequenas, médias, grandes e muito grandes. Pequenas para cidades pequenas, médias para cidades médias e grandes para cidades grandes. Vamos levar pessoas a qualquer lugar do mundo”, completou.

O secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, reforçou essa meta de ampliar o número de cidades atendidas. “O principal ponto da nossa agenda é a aviação regional. O Brasil tem mais de 5 mil municípios e temos um desafio logístico. Chegar com esse tipo de equipamento é fundamental. Como disse o John, para cidades menores aviões mais eficientes. 200 cidades é o mínimo que a gente pode dar em termos de políticas públicas”, afirmou. “Agora um passageiro poderá sair de uma cidade pequena para Miami em um único bilhete”, completou

John Rodgerson, presidente da Azul, ao lado de Flávio Costa, vice-presidente Técnico Operacional, e Ronei Glanzmann, secretário nacional de aviação civil, junto a nova aeronave da Azul Conecta (Foto: Gabriel Toledano)

John Rodgerson, presidente da Azul, ao lado de Flávio Costa, vice-presidente Técnico Operacional, e Ronei Glanzmann, secretário nacional de aviação civil, junto a nova aeronave da Azul Conecta (Foto: Gabriel Toledano)

A estratégia da Azul é fortalecer cada vez mais a capilaridade de hubs regionais e estaduais, com voos para cidades do interior do Brasil e pequenas comunidades. A Azul Conecta permitirá com que a Azul utilize aeronaves menores em rotas não tão lucrativas para os modelos ATR ou E195, que hoje operam a maioria das rotas regionais.

A maior ramificação destes hubs menores possibilitará à companhia abastecer ainda mais o seus três hubs principais, em Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, além de aeroportos estratégicos, como Congonhas. A nova companhia pode fortalecer também as conexões em estados como Mato Grosso, Pará e Amazonas, onde a TwoFlex já contava com rotas a partir das capitais, Cuiabá, Belém e Manaus, para cidades menores.

Logo da Azul Conecta

Logo da Azul Conecta

Congonhas

Com a Azul Conecta, a Azul herda também 14 slots no aeroporto que pertenciam a TwoFlex. A legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), porém, veda apenas a operação de aeronaves a jato na pista auxiliar, o que não restringe o uso de ATRs. Com isso, além das operações na pista principal com o Embraer 195 E2 e o A320neo, a Azul pode alternar operações na pista auxiliar entre ATRs e Cessna Gran Caravan, de acordo com a rota e destino.

Disputa com a Gol

O avanço da Gol na aviação regional em 2019 fez com que a Azul se manifestasse no ano passado, apontando o movimento como “não natural”. Além de anunciar a operação de alguns destinos, a companhia também reforçou acordos de codeshare com Map e Passaredo (hoje VoePass) e TwoFlex. Além de rentabilidade, evitando entrar em rotas que não garantiriam ocupação necessária, as parcerias surgiram com objetivo de atender a aeroportos que não contam com capacidade para receber voos da Gol, operados por B737s.

Com a compra da TwoFlex pela Azul e o lançamento da Azul Conecta, a companhia inviabilizou a operação de alguns destinos, entre eles os do Rio Grande do Sul, Amazonas e Pará, anunciados no ano passado pela Gol, em parceria com a TwoFlex. A transação também traz uma dúvida sobre o futuro das rotas regionais do Ceará, anunciadas em dezembro, que se conectariam com o hub de Fortaleza.

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