Que o Aeroporto Internacional de Londres/Heathrow necessita de uma terceira pista de decolagens e aterrissagens o mais rápido possível, todo mundo já sabe. No entanto, a atual proposta é tratada como “insustentável” por conta do alto custo de construção, cerca de US$ 26 bilhões. Um dos que se colocaram contra aos possíveis valores praticados foi o CEO do International Airlines Group (IAG), administradora da British Airways, companhia que detém a maior parte das operações no Heathrow.
Willie Walsh afirmou estar preocupado com a atual proposta porque existe agora “um certo desespero da administração do aeroporto em abrir uma terceira pista de pousos e decolagens, e eles querem fazer de tudo para conseguir isto”, disse o CEO, ao já constatar a preocupação do Heathrow com o aumento constante da oferta de novas aeronaves e companhias internacionais.
Walsh afirmou ainda que recebeu uma proposta que teria o valor astronômico de US$ 26 bilhões para o possível investimento, mas apenas 1% desta quantia seria, de fato, direcionada à construção da pista. O resto do montante, de acordo com o executivo, iria para outras áreas de investimento do aeroporto. “Se a administração do aeroporto está incentivada em gastar dinheiro, nós da IAG estamos incentivados em economizar”, disse Walsh.
O CEO foi bem claro ao afirmar que “não iremos apoiar o que seria a mais cara pista de pousos e decolagens do mundo, e já afirmo que iremos lutar contra esta proposta”, acrescentou o CEO, que ainda se recusou a pagar pelos custos da possível construção. “A proposta que chegou à minha mesa é completamente insustentável no ponto de vista do custo de construção”, frisou.
No entanto, Willie Walsh sabe que a criação de uma terceira pista no Heathrow seria a melhor opção para lidar com o tamanho da oferta no aeroporto, o que poderia comprometer diretamente a sua capacidade. Para o CEO, a campanha para uma nova pista não é de hoje. Desde 2005 esta ideia existe, no entanto, o governo que assumiu no Reino Unido, em 2010, utilizou-se do assunto para promover sua campanha eleitoral, ao negar permissão para a construção da infraestrutura. A partir dali, o assunto acabou “esfriando”.