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Aviação

“Estamos tecnicamente falidos”, afirma CEO da Malaysia Airlines

Christoph Mueller

Christoph Mueller


Embora tenha garantido as operações do A380 na rota Londres-Kuala Lumpur, a Malaysia Airlines sofre com uma crise que vai cortar 6 mil vagas de emprego, diminuir frequências internacionais, reduzir a frota (91 aeronaves atualmente) e cancelar possíveis rotas intercontinentais já nos próximos meses.

No último mês, a Malaysia Airlines decidiu colocar quase toda a sua frota de seis Airbus A380 a venda, além de quatro Boeing 777-200ERs, como forma de amenizar as perdas constatadas pela companhia que atingiu milhões de dólares. Ainda no mês de maio, o CEO da Malaysia Airlines, Christoph Mueller, que assumiu o cargo no mesmo mês, afirmara que a situação seria mais desafiadora do que o previsto.

Nesta segunda-feira (01), Mueller afirmou que a Malaysia Airlines está tecnicamente falida e que será obrigada a cortar cerca de 1/3 dos seus postos de trabalho, o que significa que cerca de 6 mil funcionários da companhia serão demitidos. Além disso, algumas rotas internacionais serão descontinuadas e toda a frota destinada a voos de longa distância serão reavaliadas.

“Nós estamos tecnicamente falidos! O declínio de nossa performance no mercado de aviação da Malásia e mundial começou bem antes das tragédias de 2014”, disse o CEO, que está ciente da perda de mercado no país por causa da concorrência, situação que acabou sendo agravada pelos desastres aéreos envolvendo a companhia no ano passado.

O corte nos postos de trabalho já está sendo implementado. O objetivo da Malaysia Airlines é sustentar apenas 14 mil postos em todos os países em que opera. “Nós continuaremos sendo uma companhia aérea internacional com serviço completo de ligação entre continentes”, disse Mueller, executivo que não acredita em uma operação exclusivamente doméstica da Malaysia daqui pra frente, a qual não sofrerá cortes devido a crise.

As medidas para conter a crise incluem “a redução do tamanho de aeronaves (e consequentemente de assentos) em algumas rotas, a redução de frequência de determinadas rotas e, em certos casos, o abandono da rota por completo”, finalizou o CEO da Malaysia Airlines, Christoph Mueller.

Toda essa redução de custos e operações tem a ver com uma estratégia já montada pelo CEO para conseguir sustentar a empresa e retomar o seu crescimento dentro de dois anos. De acordo com Christoph Mueller, a Malaysia Airlines precisa “parar de sangrar” já este ano, estabilizar os negócios em 2016 e buscar a retomada do crescimento já para 2017.

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