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Aviação

Fim da Viva criaria desconfiança e faria preço do aéreo subir na Colômbia, diz CEO da Avianca

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Adrian Neuhauser, CEO e presidente da Avianca (Divulgação)

O CEO e presidente da Avianca, Adrian Neuhauser, está preocupado com o futuro da Viva, low-cost que teve 100% dos seus direitos econômicos adquiridos pela própria Avianca no primeiro semestre deste ano. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (24), o executivo elencou os cinco pontos do recurso que foi apresentado à Aeronáutica Civil da Colômbia para tentar salvar a low-cost colombiana e fazê-la ser parte do Grupo Abra, grupo empresarial composto por Avianca e Gol.

Caso isso não aconteça, a realidade é que faltarão assentos aéreos no mercado colombiano, fazendo o preço do bilhete subir. Além disso, sem a Viva, que passa por uma complexa situação econômicaseriam 5 mil vagas de emprego a menos e uma malha aérea que contaria com 20 rotas a menos e 40 aeronaves fora de serviço. Para o CEO da Avianca, o fim da Viva vai impactar todo o setor, incluindo a Avianca, e criando uma crise de confiança no país.

“Estamos fazendo de tudo para evitar esta situação e salvar a companhia que é pioneira na democratização do setor aéreo. Sem a Viva, não temos dúvida de que haveria um impacto desproporcional na oferta como um todo”, disse Adrian. “Estamos abrindo mão de uma série de vantagens e slots para manter a Viva em operação. O fim da companhia significaria perder 5 mil empregos e perder uma marca de 10 anos de história que impulsionou o setor aéreo no país”, completou.

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Para o CEO da Avianca, o fim da Viva vai impactar todo o setor, incluindo a Avianca, e criando uma crise de confiança no país (Divulgação)

O executivo reconheceu que 20% dos colombianos deixariam de voar com o fim da Viva. Tanto é que propôs cinco pontos que refletem as preocupações das autoridades e demonstram a intenção da empresa em manter a conectividade nas regiões atendidas, além dos empregos que a Viva gera na Colômbia. O CEO lembra que é possível coordenar Viva e Avianca em certas rotas para justamente não haver competitividade, sem que as tarifas variem de maneira substancial.

“Apresentamos uma apelação para a associação entre Avianca e Viva, essencial para o país e para salvar a companhia low-cost, e buscamos responder essa apelação, com cinco grandes medidas. Uma delas, é abrir mão e devolver uma grande quantidade de slots no aeroporto de Bogotá/El Dorado, (de 45 a 60%) que tem restrição de capacidade. De alguma maneira, estes slots são um verdadeiro limitante do mercado para outros concorrentes”, destacou Adrian.

ENTENDA – Em abril passado, os acionistas da Avianca compraram 100% dos direitos econômicos da Viva, sem que isto incluísse o controle ou a administração. Posteriormente, em agosto, e dado o aviso dos arrendadores de aeronaves da Viva sobre sua, ambas as empresas solicitaram à Aerocivil autorização para se tornarem parte do mesmo grupo empresarial, um processo que foi contestado pela autoridade.

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