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Fórum Abracorp: líderes debatem a retomada gradual do turismo e dos eventos

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Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp, apresentou os dados mais recentes no início do Fórum

A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas realizou, nesta terça-feira (27), a 6ª edição do Fórum Abracorp, com o tema “A retomada, agora”. Diversos líderes do setor turístico brasileiro compareceram ao fórum, que acontece pela primeira vez em formato híbrido, abordando os protocolos, todas as boas práticas corporativas adotadas pelas empresas e temas fundamentais para a retomada segura do segmento.

A abertura contou com a participação do presidente do Conselho, Carlos Prado, e do presidente executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe, que revelou os números mais recentes da associação. “Precisamos de uma retomada robusta e consciente. Dados revelam que de setembro de 2019 para setembro de 2020, a queda no volume de produção da Abracorp foi de 76%. De abril a setembro deste ano, no entanto, o aumento é de 173%, o que mostra uma retomada. Fechamos setembro portanto com uma movimentação de R$ 231 milhões”, destacou Tanabe.

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Carlos Prado, presidente do Conselho da Abracorp

Participam, presencialmente, do evento Paulo Kakinoff, CEO da Gol; Jerome Cadier, CEO da Latam; John Rodgerson, CEO da Azul; Chieko Aoki, CEO do Blue Tree Hotels; Eduardo Giestas, CEO da Atlantica Hotels; Bruno Lasansky, COO da Localiza; e Renato Franklin, CEO da Movida. A iniciativa aconteceu em colaboração com o do Movimento Supera Turismo Brasil e a parceria da HT São Paulo – Hotéis Transamérica e Hofmann.

Azul

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John Rodgerson, CEO da Azul

O presidente da Azul, John Rodgerson, foi duro ao cobrar um movimento mais amplo dos setores, do governo federal e das próprias pessoas para ajudar nesta retomada do Turismo. “Países da Europa e os Estados Unidos estão dando dinheiro para salvar as companhias aéreas, e não teremos isso aqui, logo não temos como concorrer com empresas que vêm de fora. Temos que lembrar que nosso país é feito por pessoas, então se queremos mudar o brasil, as pessoas que têm que mudar”, disse.

É justamente esta mudança que tem que chegar à cabeça das pessoas que decidem, segundo Rodgerson. “E estamos aqui juntos para mostrar que é possível, ser exemplo e protagonista dos clientes. Vamos mudar o Brasil, criar o Brasil que queremos, hoje há muitas pessoas que gastam dinheiro fora, mas não conhecem as praias do Nordeste. É tempo de voltar a voar, é seguro, e não podemos ficar trancados em casa porque não temos as riquezas que outros países têm. O vendedor de queijo na praia do Nordeste depende da gente”, destacou o CEO da Azul.

É tempo de voltar a voar, é seguro, e não podemos ficar trancados em casa porque não temos as riquezas que outros países têm. O vendedor de queijo na praia do Nordeste depende da gente”

John Rodgerson ainda deu algumas lições de como a Azul lidou com a crise. “Tivemos que ser diretos e claros com o pessoal, envolver os gestores, e mostrar que essa é uma crise mundial e que estamos no mesmo barco. Tivemos que reduzir salários e dizer um ‘até breve’ para muita gente justamente para salvar a empresa e a indústria. Minha sugestão é que temos que ser diretos com fornecedores, com funcionários e governos, além de arriscar, colocar voos e acreditar na retomada”, finalizou.

Gol

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Paulo Kakinoff, CEO da Gol

O presidente da Gol Linhas Aéreas, Paulo Kakinoff, por sua vez, lembrou como a companhia está lidando com agências e com o mercado como um todo nesta retomada. “Estamos sempre apoiados por elas (agências), o mercado depende da sensibilidade delas, que interagem com os viajantes do segmento corporativo e que têm trazido para a gente a base do planejamento da demanda do corporativo. Há sim hoje uma tendência de recuperação, mas é o sub-segmento de viagem que mais demora a voltar”, disse Kakinoff.

Para o presidente da Gol, após a combinação de protocolos de segurança serem suficientes para conter o avanço da pandemia, a segunda fase chega como a retomada do setor na forma de divulgação ostensiva de como é seguro voar. “Este é o momento mais importante da pandemia, é a hora da ação para sairmos dessa situação de omissão que é altamente prejudicial para a sociedade como um todo”, destacou Paulo.

“Estamos sempre apoiados por elas (agências), o mercado depende da sensibilidade delas, que interagem com os viajantes do segmento corporativo e que têm trazido para a gente a base do planejamento da demanda do corporativo”

Kakinoff ainda abordou a segurança de voar. “A Iata, em parceria com fabricantes, divulgou um dado que é absoluto: há um teste positivo de Covid-19 a cada 27 milhões de passageiros transportados pelo setor. Na escala da Gol, atualmente, é um teste positivo entre os tripulantes que estão expostos a cada 1.156 decolagens. Não existe um outro ambiente que você possa estar mais seguro do que o próprio avião”, finalizou o presidente da Gol.

Latam Brasil

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Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

Para o CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, o Turismo precisa se preparar para um cenário realista, com uma efetividade assim não tão alta da vacina e uma distribuição nada fácil. “Não podemos depender da vacina”, disse Cadier, que ainda abordou a questão econômica, neste caso, dividida em duas fases: “A primeira foi da crise de liquidez, na qual as receitas cairam, mas as despesas não cairam na mesma proporção, o que fez uma pressão violenta no caixa. Tomamos medidas muito duras no começo justamente para buscar este equilíbrio”, completa.

“A demanda vai voltar. O que não volta na mesma velocidade é a receita, porque o mix de passageiros e a tarifa média mudaram de maneira duradoura, justamente por conta de alternativas que podem substituir uma viagem para certos momentos”

A segunda fase, segundo Jerome, é a crise de competitividade criada no setor. “Vamos voltar a transportar o mesmo número de passageiros de 2019? Claro, talvez o doméstico já no ano que vem e o internacional demore mais voltar, mas a demanda vai voltar. O que não volta na mesma velocidade é a receita, porque o mix de passageiros e a tarifa média mudaram de maneira duradoura, justamente por conta de alternativas que podem substituir uma viagem para certos momentos. Dentro deste novo ecossistema, precisamos ser muito mais eficientes, com custo menor e uma tarifa menor justamente para acelerar a retomada”, destaca Jerome Cadier.

Atlantica

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Eduardo Giestas, CEO da Atlantica Hotels

Eduardo Giestas, CEO da Atlantica Hotels, comentou sobre a liberação de eventos no Estado de São Paulo para até 600 pessoas. “Recebi esta notícia com um otimismo prudente, já que temos que ter muita cautela. A cidade de São Paulo representa hoje 25% da demanda de nossa rede, são 25 mil quartos, então o fato de São Paulo retomar o turismo é muito importante. Foi o mercado que mais sofreu, a praça que mais perdeu demanda, e a que encontra mais dificuldades nesta retomada”, diz.

Ainda de acordo com o executivo, o que está sendo retomado agora são viagens que geram negócios. “As viagens relacionadas a realização de eventos, desenvolvimento, capacitação e networking, estas ainda estão suspensas. Logo, acredito que esta medida (de São Paulo) ainda tem um impacto contido”, destacou o CEO da Atlantica.

“Com base no cenário da pandemia, remodelamos o modelo operacional para sermos mais eficientes em tudo que é de mais importante relacionado à tecnologia, processos, criação de pacotes e aproximação dos canais de distribuição”

Eduardo ainda comentou sobre as oportunidades criadas durante a pandemia, principalmente de consolidação do setor hoteleiro no Brasil. “Nosso mercado é fragmentado, logo há oportunidades de consolidação, de convenção, de alianças e de estratégias. O setor precisa disso para se profissionalizar, inovar e se digitalizar. Com base no cenário da pandemia, remodelamos o modelo operacional para sermos mais eficientes em tudo que é de mais importante relacionado à tecnologia, processos, criação de pacotes e aproximação dos canais de distribuição”, destacou.

Movida

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Renato Franklin, CEO da Movida

Renato Franklin, CEO da Movida, por sua vez, abordou a retomada das atividades dos escritórios, considerada por ele como essencial para o setor turístico. “Acho que há funções produtivas em casa, mas não tem aprendizado, não tem formação de carreira, e isso tudo é dificultado quando não enxergamos as pessoas”, destacou. “Aos poucos estamos voltamos com todos os protocolos. Enquanto representantes dos setores de turismo, temos que mostrar o quão seguro é estar num lugar profissional”, completou o CEO da Movida.

Franklin sabe que as viagens vão voltar a acontecer e que a Movida tem o papel de atender todo o Brasil, com suas 250 filiais. “Temos que fazer visita de campo, conversar com gestor, justamente para trazer insumos à inovação e à experiência do cliente. A retomada está vindo, estamos explorando o turismo brasileiro, conhecendo um setor muito mais relevante, que ajudará nossa economia a ter menos dependência do internacional”, destacou.

“As diárias de nossa frota de aluguel hoje, por sua vez, estão maiores do que o momento pré-pandemia, ou seja, o pessoal está pegando o carro mais do que o voo para viajar”, completou.

O CEO da Movida lembra que a digitalização chega cada vez mais forte. “O e-commerce cresceu bastante. A gente conseguiu vender o primeiro carro usado 100% online no dia 25 de março, mas imaginávamos isso somente dentro de cinco anos”, frisou. “As diárias de nossa frota de aluguel hoje, por sua vez, estão maiores do que o momento pré-pandemia, ou seja, o pessoal está pegando o carro mais do que o voo para viajar”, completou.

Localiza

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Bruno Lasansky, COO da Localiza

Bruno Lasansky, COO da Localiza, comentou sobre a expectativa consolidada de uma movimentação intensa para este fim de ano. “É o lado positivo desta retomada pelo doméstico. Já para o turismo de negócios temos a chegada das plataformas, como Teams e Zoom, um investimento em tecnologia que faz repensar qual papel que as empresas poderão ter no futuro do turismo. A reflexão que fica é que a crise gera oportunidade, e a pandemia fez a gente se reinventar”, destacou.

Com relação a “construção de pontes” do setor, Bruno destacou as ações realizadas pela Localiza que foram muito além da empresa. “Uma das pontes que decidimos investir foi no legado que fica com a pandemia. Construímos um hospital do zero de 150 leitos, apoiamos os mais necessitados, doando cestas básicas para comunidades carentes de SP e Rio, e ainda fundamos o um movimento com doações e empréstimos subsidiados para micro empresários, além de apoiar as oficinas, onde há um milhão de empregos no Brasil”, destacou o COO. “A pandemia criou a oportunidade para mostrar que não podemos ficar esperandos as soluções”, completou o executivo da Localiza.

Blue Tree

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Chieko Aoki, CEO da Blue Tree Hotels

A CEO da Blue Tree, Chieko Aoki, lembrou que seus hotéis já estão cheios para os fins de semana, se preparando para o fim de ano e já realizando eventos, mesmo que menores, de até 50 pessoas. “Eu acho que teremos uma mudança de comportamento das pessoas sobre o que é estar na empresa, sobre o que é escritório. O lazer na vida das pessoas é importante. Muita gente vai querer o sistema home-office para que possam passar dias em hotéis, estudar e ainda aproveitar com a família. Acredito que vai ter uma mudança neste sentido”, destacou a executiva.

VÍDEO

 

 

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