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Governo do RJ sugere gestão compartilhada dos aeroportos Santos Dumont e Galeão

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Recentemente, o Ministério de Portos e Aeroportos afirmou que vai diminuir a capacidade do terminal doméstico (Eric Ribeiro/M&E)

A fim de tentar novamente resolver o impasse que acabou criando um desequilíbrio entre Santos Dumont e Galeão, o governador do estado do Rio, Cláudio Castro, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, conversou sobre uma gestão compartilhada dos aeroportos Santos Dumont (doméstico) e Galeão (internacional). Neste caso, a administração dos dois terminais aéreos seria feita em parceria entre União, estado e prefeitura do Rio.

Segundo nota divulgada pelo governo do estado, a proposta teria partido do ministro da Casa Civil, Rui Costa. “O presidente gostou muito da ideia de uma gestão compartilhada para que, assim, a gente possa encontrar uma solução definitiva. Ainda será visto qual modelo de negócio será feito para se realizar essa gestão com responsabilidade”, disse Castro, por meio de nota.

“O presidente gostou muito da ideia de uma gestão compartilhada para que, assim, a gente possa encontrar uma solução definitiva”

A situação dos dois aeroportos tem sido discutida há alguns meses. Governo do Rio e prefeitura criticam o fato de que o Aeroporto Santos Dumont – administrado pela União através da Infraero – aumentou muito o número de voos. Isso provocou um esvaziamento do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, administrado pela concessionária Changi, de Cingapura.

A Changi, por sua vez, alega não ter receitas suficientes para pagar a outorga anual de R$ 1,3 bilhão e, no final de 2021, anunciou a intenção de devolver a concessão. O governo federal já disse não reduzirá o valor de outorga anual do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão. Por outro lado, o Santos Dumont, administrado pela Infraero, tem uma alta demanda.

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Estado e prefeitura pedem remanejamento de voos do Santos Dumont para o Galeão (Thiago Saramago)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, já sugeriu ao governo federal que limite os voos para o Santos Dumont aos vindos de Congonhas, em São Paulo, e de Brasília. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, concorda que é preciso fazer algo. “Não há voo internacional para o Santos Dumont. Ou se recupera o Galeão, ou se planeja o Galeão para que tenha voo internacional para o Rio de Janeiro”, disse ele.

Estado e prefeitura pedem remanejamento de voos do Santos Dumont para o Galeão, já que, com menos ligações domésticas passando pelo Galeão, o aeroporto internacional não apenas tem seu tráfego de passageiros diminuído como também tem reduzida sua capacidade de funcionar como um hub (ponto de conexão aérea) para voos internacionais. A situação da concessão do aeroporto Tom Jobim/Galeão está sendo avaliada pelo governo federal.

Recentemente, o Ministério de Portos e Aeroportos afirmou que vai diminuir a capacidade do terminal doméstico. Em busca de um equilíbrio na movimentação de aeronaves e passageiros no Aeroporto Santos Dumont e no Galeão, a ideia do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, sempre foi limitar a capacidade do SDU. E isso deve começar a acontecer no segundo semestre.

A ideia é retornar à capacidade de 9 milhões de passageiros por ano, mas o governo já deixou bem claro que esta redução vai acontecer de maneira gradual. Em 2022, por exemplo, este número estava em 9,9 milhões. Em 2023, a Infraero aumentou a capacidade para incríveis 15,3 milhões de passageiros por ano, o que acabou criando um imenso “congestionamento” de pessoas pelos corredores do terminal.

Com informações da Agência Brasil.

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