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Aviação

Heathrow pode ganhar terceira pista de pousos e decolagens até 2026

 

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Howard Davies

A poeira ainda nem baixou em relação a possível saída do Reino Unido da União Europeia, e o chefe de Comissão dos Aeroportos, Howard Davies, já quer que o (novo) primeiro ministro, que só assume em outubro, aprove a construção da terceira pista de pousos e decolagens para o Aeroporto Internacional de Londres/Heathrow, investimento considerado necessário para o desenvolvimento natural das operações em um dos maiores hubs internacionais da Europa.

A proposta é que a nova pista seja construída até 2026, isto caso o primeiro ministro tome uma decisão rapidamente com relação ao assunto. Em entrevista ao programa Today da BBC Radio 4, Davies afirmou que a saída do Reino Unido da União Europeia mostra que o projeto para uma nova pista é vital, “já que o Brexit está sendo visto como algo um tanto insular, um possível sinal de que a Grã-Bretanha estaria se fechando para o mercado”, disse Howard, que acredita que este temor pode ser prejudicial para todo o mercado internacional.

Para Davies, a aprovação para a construção de uma nova pista no Heathrow seria fundamental para todo o Reino Unido, já que mostraria “a vontade de se preparar” ao abrir as portas para novos acordos comerciais e crescimento de mercados, como o da própria Ásia, por exemplo. No entanto, o chefe da Comissão dos Aeroportos sabe que nada será feito até outubro, mês em que o Partido Conservador elegerá um novo líder para ocupar o lugar de David Cameron.

Heathrow Airport, Terminal 2A, first day of operations, arrivals concourse, 04 June 2014.

Terceira pista demoraria até 10 anos para iniciar operações (Divulgação/Heathrow)

Mas por que só em 2026?! De acordo com um dos operadores do Heathrow, “nós sempre mantemos uma previsão de 10 anos para entregar o projeto, desde o momento em que o governo toma a decisão, até os cinco anos de planejamento e os outros cinco para a construção”, disse.

A atual proposta é tratada como “insustentável” por muitos empresários, por conta do alto custo de construção estipulado em US$ 26 bilhões. Um dos que se colocaram contra aos possíveis valores praticados foi o CEO do International Airlines Group (IAG), administradora da British Airways, companhia que detém a maior parte das operações no Heathrow.

Willie Walsh afirmou, em maio, quando o assunto voltou á tona, que a proposta teria o valor astronômico de US$ 26 bilhões para o possível investimento, mas apenas 1% desta quantia seria, de fato, direcionada à construção da pista. O resto do montante, de acordo com o executivo, iria para outras áreas de investimento do aeroporto. “Se a administração do aeroporto está incentivada em gastar dinheiro, nós da IAG estamos incentivados em economizar”, disse Walsh.

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