ITA quer voltar a voar no dia 17 de fevereiro, mas Anac vai ‘fazer jogo duro’

ITA precisará “demonstrar capacidade operacional e de atingir níveis adequados de segurança e prestação de serviços aos passageiros” para poder voltar a voar (Eric Ribeiro/M&E)

A ITA Transportes Aéreos não depende somente de si para retomar suas operações no Brasil. Mesmo fazendo os “ajustes operacionais” necessários para voltar a voar, a companhia depende da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reemitir seu Certificado de Operador Aéreo (COA), suspenso no mesmo dia em que decidiu paralisar suas operações. De acordo com o jornal Valor, a liberação da Anac “não será decisão trivial”.

Mesmo que tenha estabelecido o retorno de suas operações para o dia 17 de fevereiro de 2022, como informado em ofícios ao Procon São Paulo, a Anac informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a companhia precisará “demonstrar capacidade operacional e de atingir níveis adequados de segurança e prestação de serviços aos passageiros” para poder voar e vender passagens novamente, de acordo com o Valor.

Além disso, o Procon de São Paulo já afirmou que vai multar a ITA Transportes Aéreos por ter suspendido suas operações na última sexta-feira (17). Em comunicado, o órgão afirma que a resposta da empresa a seus questionamentos não atendeu às expectativas. A multa pode chegar a R$ 11 milhões, uma forma punir pelos mais de 133 mil passageiros afetados pelo problema. O aviso da multa acontece dois dias depois da ITA ter sido notificada pelo Procon-SP.

De acordo com a resposta da empresa aérea ao Procon, mais de 133 mil passageiros – considerando viagens de ida e volta no período de 17 de dezembro a 17 de fevereiro – foram afetados pelo problema. A companhia informou ainda que a projeção para a retomada das atividades é 17 de fevereiro de 2022.