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Aviação

“Pior aeroporto do mundo”, diz presidente da TAP sobre Lisboa

Antonoaldo Neves, presidente da TAP

Antonoaldo Neves, presidente da TAP

A TAP admitiu o possível cancelamento de 1,5 mil voos em Lisboa durante a temporada de verão europeu devido a falta de slots (horários de pouso e decolagem), no Aeroporto Humberto Delgado (Portela). A companhia havia solicitado à ANA, administradora do terminal, um total de 9.079 slots, no entanto terá 1,5 mil a menos. A previsão é que os cancelamentos reduzam em 150 mil o número de passageiros chegando à Lisboa.

A informação foi confirmada pelo presidente da TAP Antonoaldo Neves, durante a apresentação de resultados de 2019, na manhã desta quinta-feira (20). O executivo destacou que a companhia vai parar de investir e crescer devido à falta de investimentos no Aeroporto. Ele destacou que a ANA está há dois anos sem realizar investimentos necessários para a expansão da capacidade e reclamou da falta de prazo para a conclusão de obras na pista.

“A TAP vai deixar de investir. A Portela é o pior aeroporto do mundo, e vai piorar no próximo ano e no seguinte”, afirmou Neves. “Não temos mais pontualidade porque há restrições no aeroporto. Mais de metade do ano estamos limitados por restrições operacionais que existem. A Portela tem de ser equacionado. Não faz sentido o aeroporto não ter ILS (sistema de apoio à navegação) no topo das duas pistas para ajudar os pilotos nos dias de nevoeiro”, completou.

Aeroporto de Lisboa

Aeroporto de Lisboa

Em seu balanço, que apontou o prejuízo de 105 milhões de euros, a companhia destacou o investimento feito em pontualidade, resultando em um crescimento de seis pontos percentuais, e também na regularidade, chegando a 99,2%, contra 98,2% de 2018, o que representa 1,4 mil voos cancelados a menos. No entanto, a companhia apontou a falta de infraestrutura do aeroporto como responsável pela alta no custo operacional, decorrente de indenizações e multas por atraso.

“A falta de investimento na capacidade do aeroporto de Lisboa e o congestionamento do espaço aéreo tiveram o efeito contrário e impactaram negativamente em aproximadamente nove pontos percentuais a pontualidade da operação da TAP, tendo sido penalizada com um custo por passageiro em termos de indenizações por irregularidades de mais do dobro do benchmark ibérico. Em 2019 a TAP foi penalizada entre 30 milhões de euros a 35 milhões de euros em resultado da ineficácia da infraestrutura”, aponta o balanço da companhia.

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