
Processo estava programado para ocorrer ainda no primeiro trimestre, mas cenário político impactou o cronograma (Eric Ribeiro/M&E)
A dissolução do Parlamento de Portugal, que entra em vigor a partir de amanhã (20), empurra para o segundo semestre o processo de privatização da companhia aérea TAP. Inicialmente previsto para o primeiro trimestre, o lançamento do processo precisará aguardar as eleições legislativas para avançar.
A previsão do governo anterior era de que o caderno de encargos fosse divulgado ainda neste mês. No entanto, com a dissolução do Parlamento, o Executivo perde poderes decisórios e passa a atuar apenas para manter o funcionamento básico do país. Isso impede que etapas fundamentais da privatização ocorram antes das eleições, marcadas para 18 de maio.
Embora o governo em transição tenha iniciado conversas com possíveis interessados na compra da TAP, a continuidade dessas negociações dependerá da composição do próximo Parlamento e do partido que assumir o comando do país. Caso o novo governo tenha uma abordagem distinta, pode haver mudanças na estratégia de venda da companhia aérea.
Brasil segue como peça-chave na estratégia da TAP
Apesar da indefinição sobre o futuro da privatização, a TAP segue apostando no Brasil como um de seus principais mercados. Recentemente, a companhia atingiu a marca de dois milhões de passageiros transportados entre Portugal e o Brasil. Além disso, está prevista uma expansão das rotas, podendo chegar a 100 voos semanais entre os dois países durante o próximo verão europeu.
O ainda primeiro-ministro, Luís Montenegro, garantiu que as conexões aéreas entre Portugal e o Brasil serão mantidas independentemente do novo modelo de gestão da companhia. A expectativa é que qualquer governo que assuma o poder mantenha essa posição, devido à importância econômica e estratégica do mercado brasileiro para a TAP.
*Com informações do Globo.