Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação

Sem temer low-costs, presidente da Azul reitera foco em rotas rentáveis

John Rodgerson acredita que os custos de operação no Brasil são muito altos

John Rodgerson acredita que os custos de operação no Brasil são muito altos

SÃO PAULO – O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou que a companhia não tem medo da concorrência das low-costs (companhias de baixo custo) que começam agora a voar para o Brasil. Em entrevista exclusiva ao M&E, Rodgerson citou o ranking de satisfação da Anac, que coloca a empresa em primeiro lugar e também a liderança em pontualidade na América Latina, e destacou que a companhia – que nesta alta temporada tem cerca de 900 voos domésticos por semana – é essencialmente nacional.

“Se formos olhar nossa malha, nossos serviços e nosso pessoal, não tenho medo de competir com as low-costs. Se tivéssemos medo, não estaríamos nesta indústria. As low-costs que chegam aqui têm a mesma regra do jogo que eu tenho. Todo mundo acha que vão ampliar a competição, mas o que falta aqui não é competição, os custos é que são altos”, afirmou. “O Brasil tem quatro players, sendo que um está em recuperação judicial. Se olharmos grandes mercados como a França e a Alemanha, há um número menor de empresas. Temos que atacar os custos e melhorar a infraestrutura dos aeroportos para que não fechem tão facilmente”, complementou.

Para ele, a vinda de empresas como Norwegian, por exemplo, pode trazer mais estrangeiros, o que faria com que as empresas nacionais pudessem distribuir estes passageiros para outros destinos. “Temos 900 voos por semana na alta temporada e sete widebodies, o que significa que são apenas 14 voos internacionais. A Azul, portanto, é uma empresa doméstica e que pensa no Brasil. Estamos focados em 105 cidades brasileiras. É muito fácil focar em Nova York ou Miami. Mas estou dando comida para os meus filhos voando para Campo Grande, para Sinop, para Sorriso. Orlando ajuda e é rentável, mas são poucos voos”, destacou.

Rodgerson reiterou ainda que, embora a companhia seja a terceira colocada em market share, ele vê a Azul sempre na liderança e que este não é o índice mais importante. “Não me vejo como terceiro em nada. Somos a companhia número um em pontualidade, em número de voos e em cidades servidas. Market share é uma consequência do tipo de aeronave que você tem e de quanto tempo você está no mercado”, acredita.

Receba nossas newsletters