Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação / Turismo em Dados

Tráfego aéreo no Brasil retoma os níveis pré-pandemia em 2023, crava Iata

Todas as perspectivas financeiras, o desempenho do setor aéreo na América Latina e o gerenciamento das restrições de viagem foram abordadas, nesta terça-feira (14), em encontro realizado pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata). Na ocasião, Peter Cerda, VP regional da Iata para as Américas, e Dany Oliveira, diretor-geral da Iata no Brasil, fizeram um panorama do que podemos esperar da indústria da aviação nesta retomada.

8787878787899

Retomada do mercado doméstico brasileiro

Destaque para o tráfego de passageiros que deve retomar os níveis da pré-pandemia já em 2023, seguindo uma recuperação estimada de 52% em 2021 e de 88% em 2022, em relação a 2019. De acordo com os executivos, essa retomada total em 2023 só será possível por conta do mercado doméstico, que já recuperou quase 90% do tráfego de passageiros e estará com os mesmos níveis de 2019 já no começo do ano que vem.

A retomada total em 2023 só será possível por conta do mercado doméstico, que já recuperou quase 90% do tráfego de passageiros e estará com os mesmos níveis de 2019 já no começo do ano que vem

“O gráfico mostra uma recuperação acelerada da demanda a partir de maio de 2020 e, depois, a partir de maio de 2021. Com grande resiliência, o mercado doméstico atinge os níveis pré-pandemia agora em 2022. Já o internacional ainda sofre com restrições. Em outubro, houve uma retomada de 166% da demanda para voos ao exterior por conta da reabertura das fronteiras, mas é um número ainda 67% abaixo dos níveis de 2019, indicando um longo caminho para a retomada”, disse Dany.

Brasil já tem 663 rotas em operação

999998

Impacto da Covid no transporte aéreo e no PIB de Brasil e América Latina

A Covid-19 impactou diretamente a conectividade aérea e a economia como um todo. Tanto é que a contribuição do PIB do Brasil teve queda de US$ 11,9 bilhões em outubro de 2020, com a perda de 27 rotas aéreas. Em 2019, o país tinha 690 rotas, passou para 513 rotas em outubro de 2020 (perda de 177 rotas) e já alcançou os 663 em outubro de 2021. “Muito importante para o Brasil que depende muito da conectividade global”, disse Dany.

Evolução da conectividade aérea no Brasil

98989890000

Índice de conectividade do Brasil de janeiro de 2020 a novembro de 2021

A evolução da conectividade aérea quantifica quão bem as cidades e os países estão conectados com o Brasil, seja no mercado doméstico ou internacional. E dentro do país, a conectividade já foi retomada em 90%, enquanto as ligações com o exterior ainda estão 53% menores na comparação com 2019. Segundo a Iata, na América Latina, o Brasil só ganha da Argentina nesta retomada de voos ao exterior, atrás de Peru, Colômbia, Panamá e México.

Ligações do Brasil com o exterior ainda estão 53% menores na comparação com 2019. Segundo a Iata, na América Latina, o país só ganha da Argentina nesta retomada de voos ao exterior, atrás inclusive de Peru, Colômbia, Panamá e México.

“Restaurar a conectividade aérea de uma maneira internacionalmente consistente depende do apoio dos governos e indústrias”, disse Dany, logo complementado por Cerda. “Temos que unir esforços com os governos para voltar a reunir familias e evitar o aumento de taxas, seguindo assim práticas de proteção ao consumidor, bem como o desenvolvimento de políticas sustentáveis. O Brasil precisa ser competitivo, não pode mais continuar praticando estes custos”, completou.

Perdas estimadas com a pandemia

8787877

Evolução da demanda de passageiros no Brasil

De acordo com Dany, foi fácil observar o impacto devastador da Covid-19 no Brasil, com uma queda de 49% de demanda doméstica e 71% da demanda de internacional em 2020, em relação a 2019. Cerca de 45 milhões viajaram no Brasil em 2020, o mesmo nível de 2007, com pouco mais de 6,7 milhões de passageiros processados em voos internacionais. “Um volume tão baixo que não tem pararelo na série histórica desde janeiro de 2000”, disse.

Receba nossas newsletters