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Aviação

“Tudo foi feito para não ter a Azul na ponte aérea”, afirma John Rodgerson

Jonh Rodgerson, presidente da Azul

John Rodgerson, presidente da Azul. (Foto: Eric Ribeiro/M&E)

A divisão da Avianca em sete UPIs, arquitetada pela gestora americana Elliot e pelas aéreas Gol e Latam, visou apenas o duopólio da ponte aérea Congonhas/Santos Dumont. Essa é análise do presidente da Azul, John Rodgerson, que destaca que todo o projeto foi arquitetado para impedir a entrada de uma terceira companhia no trecho, como era até a recuperação judicial da Avianca. “Não foi um plano para resgatar uma empresa, mas para fechar a empresa e fechar Congonhas e Santos Dumont para apenas duas linhas aéreas”, afirmou o executivo durante evento realizado no Palácio do Bandeirantes na tarde desta quinta-feira (18).

Rodgerson ainda destaca que o plano foi pensado para impedir a entrada de qualquer empresa no trecho, tendo em vista que a divisão dos slots no novo plano não permite ter uma oferta regular e com pequenos intervalos entre Congonhas e Santos Dumont, o que acaba não sendo interessante para o cliente.

“Eles têm mais de 130 voos por dia e têm medo de a gente pegar 20 voos” – John Rodgerson, presidente da Azul

“Tudo foi feito para não ter a Azul na ponte aérea. Antes tínhamos três empresas na ponte aérea e agora teremos duas. Foi feito de uma maneira que as divisões não permitissem a criação de uma ponte aérea. O que o cliente quer é uma saída regular. O que as concorrentes fizeram foi olhar o que a Azul queria e depois dividir isso em sete para a Azul não entrar na ponte aérea. Eles têm mais de 130 voos por dia e têm medo de a gente pegar 20 voos”, ressalta.

Jonh Rodgerson, juntamente com Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo, e João Doria, governador de São Paulo, durante o anúncio de novos voos para Araraquara e Guarujá

John Rodgerson, juntamente com Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo, e João Doria, governador de São Paulo, durante o anúncio de novos voos para Araraquara e Guarujá (Foto: Eric Ribeiro/M&E)

Ele ainda falou a importância da concorrência. “A Azul não opera em nenhum aeroporto fechado. Onde ela opera todos podem entrar. Achamos que a concorrência é boa e a prova disso é que desde que Azul chegou ao Brasil o produto de todo mundo melhorou, a pontualidade melhorou e mais pessoas estão viajando”, analisa.

O presidente da Azul aproveitou para explicar que a proposta feita inicialmente pela Azul era muito maior que apenas a compra dos slots, mas visava a sustentabilidade da UPI gerada pela Avianca. “O plano da Azul não foi só US$ 105 milhões. Foi US$ 105 milhões da compra, mais US$ 130 de investimento na companhia. Quando você olha tudo ao redor, nosso plano foi muito além e iria para leilão também e qualquer um poderia entrar”, explica.

Ele finaliza salientando que a solução proposta pela Azul seria a mais rápida para evitar a falência da Avianca. “Hoje devia ter acontecido o leilão, poderíamos já entrar no Cade e começar a integrar a empresa dentro da Azul. Hoje devia ter sido um dia de alegria para os funcionários da Avianca. Mas, infelizmente, os credores foram em outra direção”, lamenta.

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