A ordem de navegação condicional (CSO) para navios de cruzeiro nos Estados Unidos, implementada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), teve fim em janeiro, permitindo viagens a bordo de navios com 100% de ocupação. No mesmo dia, o CDC iniciou uma transição para um programa voluntário em coordenação com a indústria de cruzeiros para detectar, mitigar e controlar a disseminação de Covid-19 a bordo.
Mesmo assim, o CDC segue firme em alertar viajantes para evitar viagens de cruzeiros, frustrando as armadoras, que já estão cansadas de comprovar os padrões altíssimos relacionados aos protocolos contra a pandemia. Nesta semana, o órgão atualizou seus avisos de viagem e manteve os cruzeiros no “Nivel 4: Muito Alto” para infecção por Covid-19, o nível mais alto estabelecido pelo CDC, o que causou o descontetamento do setor.
Se enquadrar na categoria “Covid-19 Muito Elevado”, correspondente ao Nível 4 do CDC, é registrar de mais de 500 casos por 100 mil habitantes nos últimos 28 dias, em caso de países. “O vírus que causa o Covid-19 se espalha facilmente entre pessoas próximas a bordo de navios, e a chance de você pegar o Covid-19 em navios de cruzeiro é muito alta, mesmo se você estiver em dia com suas vacinas contra o coronavírus”, disse o CDC.
Também nesta semana, o CDC lançou novas orientações para a indústria de cruzeiros. De acordo com o site oficial do órgão norte-americano, as armadoras têm até 18 de fevereiro para optar pelo programa que substituiu a Ordem de Navegação Condicional, expirada em janeiro. Por conta do programa ser opcional, empresas não precisam mais da pré-aprovação do CDC para testes de diagnóstico e triagem.
Clia está “consterdada” com avaliação do CDC
A Associação das Empresas de Cruzeiros Marítimos (Clia) declarou estar “consternada” com a decisão do CDC de manter os cruzeiros no nível mais alto de classificação contra a Covid-19. A porta-voz da Clia, Laziza Lambert, disse que desencorajar pessoas vacinadas a fazerem cruzeiros é “inexplicável”. “A decisão é contrária à eficácia comprovada da indústria de cruzeiros em relação a qualquer outro ambiente comercial”, disse Lambert.