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Cruzeiros

Em artigo, Ferraz mostra oportunidades no setor de cruzeiros

Marco Ferraz, presidente da Clia Abremar

Marco Ferraz, presidente da Clia Abremar


O presidente da Clia Abremar, Marco Ferraz, acredita que os cruzeiros marítimos e fluviais são fontes inesgotáveis de negócios. No entanto, ele alerta que o Brasil precisa investir para ganhar espaço. Para ele, os agentes de viagens devem estar atentos às oportunidades, uma vez que este é um dos setores que mais paga comissões às agências no mundo. Veja abaixo o artigo de Ferraz sobre o assunto:

Ao mar, pelo mundo afora

É uma fantástica indústria de promoção do turismo a distribuir benefícios e a melhorar a economia de uma quantidade enorme de países em todo o mundo; o crescimento contínuo estimula novos investimentos em embarcações, os aparatos receptivos se modernizam em nome do conforto nos portos e nas cidades-escala, a oferta de leitos se multiplica, descobrem-se novos destinos e é constante o desenvolvimento da mais alta tecnologia – e tudo isso abre espaços para um futuro ainda mais promissor.

Enfim, os Cruzeiros Marítimos e Fluviais são uma fonte inesgotável de grandes negócios em todos os continentes e o Brasil precisa acompanhar esse movimento em busca de seu espaço. Os agentes de viagens brasileiros devem mirar nos números abaixo, examinar com lupa todas as oportunidades, acelerar a especialização e surfar numa onda de ótimos resultados. E mostrar ao seu cliente que os cruzeiros representam o melhor custo/benefício para viagens internacionais.

Comecemos pelo número de passageiros nesse vaivém de navios pelos mares: eram 17.8 milhões em 2009, chegaram a 21.3 milhões em 2013 e neste ano de 2016 já passam de 24 milhões, sempre com uma tendência de alta. Isso porque a maioria dos que viajam por este meio (mais de 80%) recomenda aos amigos – afinal, é o mais agradável meio de curtir umas férias, de descansar, de se expor à brisa do mar, de se recuperar do estresse que a vida moderna nos impõe.

Com todo o requinte dos melhores hotéis do Planeta, além de uma enorme vantagem extra: a liberdade total em alto mar para fazer sua própria programação, com restaurantes de altíssimo nível, e outras boas surpresas mais. Há de tudo a bordo para fazer o turista esquecer trânsito, poluição, política…

Algumas informações importantes para os agentes: o Caribe continua a representar a joia da coroa, com 35% da preferência, seguido de Mediterrâneo (19,5%), Europa (10,6%), Ásia (6%), Austrália, Nova Zelândia e Pacífico (também 6%), Alasca (4,5%) e América do Sul (2,9%).
Mais de US$ 4 bilhões estão sendo investidos desde o ano passado em mais 22 novos navios – 16 fluviais e seis transatlânticos. Isso vai acrescentar mais 20 mil leitos aos 482 mil existentes nas 421 embarcações em operação, 270 oceânicos e 151 fluviais.

Ao abrir o leque de oportunidades, o agente encontrará de tudo, de Paris ou Londres aos maravilhosos paraísos pouco explorados da Ásia ou da África.
Enfim, essa indústria movimentou perto de US$ 120 bilhões em todo o Planeta no ano passado – o total de salários pagos alcançou US$ 39 bilhões e gerou 900 mil empregos diretos e indiretos. Como se vê, trabalhadores de todo o mundo também se beneficiam dos empregos oferecidos a bordo. Além de milhares de favorecidos em terra – nos escritórios, nas agências de turismo ou nas cidades em que os navios fazem escala.

Os agentes sabem que a temporada 2015-2016 dos Cruzeiros Marítimos no Brasil está chegando ao fim. Nos últimos quatro meses os navios fizeram cerca de 170 roteiros pelo nosso litoral, além de levar quase 500 mil pessoas para conhecer a costa brasileira, além da Argentina e Uruguai. Ainda é possível encontrar pacotes. Até dia 20 de abril, quando se despedem de vez do Brasil, os transatlânticos ainda farão pouco mais de 30 viagens – o que representará o transporte de 80 mil cruzeiristas.

Mas, infelizmente, o crescimento exuberante dos Cruzeiros em todo o mundo não se repete na costa do Brasil, que continua a caminhar na contramão da história e dos bons negócios. As autoridades se recusam a reconhecer o turismo como uma fonte importante de divisas, como se faz nas economias mais avançadas.

Aqui, as agências de viagens são sufocadas por novos impostos, os custos portuários e de operação estão bem acima dos padrões internacionais, a burocracia é sempre um tormento, os portos carecem de melhor estrutura para receber bem os Navios e os turistas, e as dificuldades simplesmente se multiplicam. Este ano será importantíssimo para recriar as bases da retomada do crescimento, e para tanto, as conversas com as autoridades serão vitais para o setor. Esperamos que o Governo demonstre a capacidade de mudar o rumo para crescermos novamente.

Mas não é por isso que os Cruzeiros Marítimos vão deixar de crescer e distribuir benefícios e empregos pelo mundo. Vamos a ele, então, pois os brasileiros estão gostando cada vez mais dessa ideia.

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