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Aviação / Destinos / Política

Solução para o Galeão seria restringir SDU em 6 milhões de passageiros por ano, diz Paes

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Debate sobre Galeão e Santos Dumont no “Reage, Rio!”, iniciativa dos jornais O Globo e Extra, com apoio da Fecomércio RJ, que tem como tema o próprio aeroporto (Reprodução/Facebook)

A recuperação do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão é uma prioridade dos governos municipal, estadual e federal. Conta com o apoio de importantes entidades do setor, como a própria Embratur. Mas, para que o terminal internacional do Rio de Janeiro volte a receber mais voos nacionais e internacionais, é preciso que haja um equilíbrio na movimentação de aeronaves e passageiros no Aeroporto Santos Dumont. A primeira ideia é limitar a capacidade do SDU.

E com objetivo de debater os desafios para retomar o potencial do Aeroporto Internacional do Rio, estiveram reunidos, nesta segunda-feira (23), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o secretário nacional de Aviação Civil, Juliano Noman, em mais uma edição do evento “Reage, Rio!”, iniciativa dos jornais O Globo e Extra, com apoio da Fecomércio RJ, que tem como tema o próprio aeroporto.

“Precisamos tomar uma decisão rápida e decisiva. E qual é a decisão? Restringir a movimentação do aeroporto Santos Dumont em no máximo 6 milhões de pessoas e levar o resto deste fluxo para o Galeão, com mais voos domésticos e internacionais. É uma medida que se toma com uma canetada”

“O Galeão é um ativo extremamente importante. O governo federal já está sensível com relação a isso. E o Governo do Estado do Rio de Janeiro está aqui para ajudar. A ideia clara é que o Rio é multi aeroportos. Quando defendemos um ativo como o Galeão, estamos defendendo o Turismo. O Galeão do jeito que está não é nocivo apenas para o Rio de Janeiro, é nocivo para o Brasil porque deixou de ser uma opção viável hoje”, disse o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro.

Screenshot 35 Solução para o Galeão seria restringir SDU em 6 milhões de passageiros por ano, diz Paes

Eduardo Paes, prefeito do Rio (Reprodução/Facebook)

Já o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que a sobrevivência do Galeão como aeroporto internacional e como um importante hub para o Brasil, é uma questão não negociável para os interesses da cidade. “Precisamos tomar uma decisão rápida e decisiva. E qual é a decisão? Restringir a movimentação do aeroporto Santos Dumont em no máximo 6 milhões de pessoas e levar o resto deste fluxo para o Galeão, com mais voos domésticos e internacionais. É uma medida que se toma com uma canetada”, destacou.

“Cada dia que a gente demora em soluções, vamos perdendo clientela, perdendo posição dentro das companhias aéreas, o que é natural pela consolidação em outras praças. Não é um tema que aceitamos ser postergado”

A decisão pode ser radical, mas trata-se de uma maneira vital para salvar os dois aeroportos, de acordo com o prefeito. “O papel do Rio é fundamental. Essa discussão já vem de muito tempo. E não temos nenhuma condição de acesso pior do que outros aeroportos pelo país. Esse tema é para ontem. Cada dia que a gente demora em soluções, vamos perdendo clientela, perdendo posição dentro das companhias aéreas, o que é natural pela consolidação em outras praças. Não é um tema que aceitamos ser postergado”, disse Paes.

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O que o Rio precisa é de uma política para voltar a criar o ciclo vicioso no Galeão, de acordo com o governador, também porque o aeroporto do Santos Dumont está “intransitável”. “Se já está assim com uma movimentação de 10 milhões de passageiros por ano, imagina com a proposta de aumentar para 15 milhões? O terminal vai ficar insustentável com esse volume. A nossa lógica como solução é o sistema de multia eroportos. É olhar a operação de um, pensando no outro”, destacou Castro.

Screenshot 23 Solução para o Galeão seria restringir SDU em 6 milhões de passageiros por ano, diz Paes

Claudio Castro, governador do Rio de Janeiro (Reprodução/Facebook)

POTENCIAL – O governador destacou ainda o potencial do Galeão. “A realidade é que um aeroporto está canibalizando o outro. O resto são periféricos, porque qualquer aeroporto que você vá é muito mais longe do que a distância entre centro do Rio e Galeão. Não podemos deixar os periféricos virem pontos principais, nem a segurança, nem a distância. E nós topamos perder receita para um bem maior. Porque colocar o Galeão de volta como um ativo econômico, é bom para o Brasil”, disse Claudio Castro.

Anac destaca que Galeão vai se recuperar em 2023

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Juliano Noman, secretário nacional de Aviação Civil (Reprodução/Facebook)

O secretário nacional de Aviação Civil, Juliano Noman, por sua vez, disse que o governo federal está acompanhando a situação do Galeão bem de perto. Segundo ele, o Santos Dumont, em 2022, bateu pouco menos de 10 milhões de passageiros movimentados, o mesmo número de 2014. No mesmo ano, o Galeão recebeu 15 milhões de pessoas, bem acima dos 5,7 milhões de passageiros movimentados em 2022. Ou seja, o SDU recuperou os níveis de 2014, mas o Galeão ainda está longe.

“Mas, olhando os dados divulgados, vemos uma demanda de 8 milhões de passageiros para 2023 no Galeão, um aumento de 46% em relação a 2022. Para o SDU, indica-se um 10% de crescimento, ou seja, o terminal Rio como um todo esta se recuperando, com uma maior retomada no Galeão na medida em que o SDU vai chegando no seu batente de capacidade”, disse Noman.

Ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França, pediu a SAC para analisar todas as possibilidades, incluindo colocar Santos Dumont e Galeão sob o mesmo administrador

Segundo ele, o que o Ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França, pediu a SAC é para analisar todas as possibilidades, incluindo colocar Santos Dumont e Galeão sob o mesmo administrador. “Uma boa solução vem com mais de uma iniciativa. Vamos tentar sair com um plano de ação com algumas alternativas para termos uma solução ainda melhor do que esperávamos ter”, completou o secretário.

IMPACTO – Ainda hoje, no segundo painel “Infraestrutura aeroportuária e impactos no turismo e na economia do Rio”, os convidados são Patrick Fehring, diretor de Negócios Aéreos do RIOgaleão, Ricardo Keiper, diretor de Supply Chain da GE Aviation, Luis Strauss, presidente do Conselho do RioCVB e presidente da Abav RJ, Otávio Leite, consultor da Presidência da Fecomércio RJ e doutorando em Turismo, e Respício do Espirito Santo, professor de transporte aéreo da Escola Politécnica da UFRJ.

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