Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Destinos / Hotelaria / Turismo em Dados

Coronavírus: Turismo de Alagoas terá prejuízo de R$ 1,5 bilhão em 2020

O destino alagoano e conhecido pelas praias, que atraem milhares turistas todos os anos

O prejuízo sem precedentes considera a perda total de uma ocupação média de 70% no segundo trimestre e de metade dessa ocupação no terceiro

Com 90% dos meios de hospedagens fechados e a quase total paralisação das atividades turísticas no estado, o trade turístico alagoano estima que o setor deverá perder cerca de R$ 1,5 bilhão nos próximos nove meses. Os dados foram levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas (ABIH-AL) e o Maceió Convention & Visitors Bureau (MV&VB) e levam em conta a ocupação média anual, oferta de leitos e despesa média por turista zeradas nos meses de abril, maio e junho.

Segundo o levantamento, o prejuízo sem precedentes considera a perda total de uma ocupação média de 70% no segundo trimestre e de metade dessa ocupação no terceiro, em uma oferta de aproximadamente 40 mil leitos, que inclui hotéis, pousadas, segundas residências e imóveis de locação destinados ao turismo, além de um gasto de R$ 350 por turista ao dia.

O presidente do MC&VB, Glênio Cedrim, revelou uma previsão ainda pior, já que o cenário é nebuloso. “Além de não haver previsão para que tudo se normalize, o nosso produto é totalmente perecível. Ou seja, o que deixamos de vender não estocaremos nem produziremos mais tarde e, sendo assim, nosso prejuízo será bem maior do que o calculado. Em abril, maio e junho devemos perder toda a ocupação prevista, enquanto em julho, agosto e setembro haverá uma redução de no mínimo 50%. Mesmo no quarto trimestre, ainda perderemos cerca de 25% da ocupação”, relata o presidente do MC&VB, Glênio Cedrim.

Diante da situação do setor, responsável por gerar cerca de 160 mil empregos em mais de 50 cadeias produtivas interligadas no estado, a ABIH-AL aguarda um posicionamento do governo federal. “Estamos em negociação com os governos municipais e estadual, que já começaram a aprovar algumas medidas econômicas em benefício dos empresários, e esperamos do governo federal o comprometimento com um setor que movimenta bilhões por ano. Nossa preocupação é conseguir manter os postos de trabalho, precisamos de uma ajuda efetiva com a folha dos colaboradores”, declarou o presidente da associação, André Santos.

A hotelaria em Alagoas gera cerca de 7,5 mil empregos diretos no estado, entre associados e não associados à ABIH-AL. Com a necessidade de suspensão das atividades dos meios de hospedagem, as empresas, em parceria com os sindicatos, já anunciaram férias coletivas para os colaboradores.

A recomendação da associação é que os meios de hospedagem paralisem suas atividades a partir do dia 1° de abril, próxima quarta-feira. A decisão leva em conta as orientações da Organização Mundial de Saúde e medidas preventivas dos decretos governamentais, além da redução de cerca de 90% das operações aéreas no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares.

Receba nossas newsletters