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Hotelaria / Política

Destinos de negócios e turismo rodoviário foram os mais afetados pela crise, diz ABIH

Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional

Manoel Linhares, presidente da ABIH Nacional

De acordo com os dados levantados pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional, a paralisação dos caminhoneiros vem gerando quedas na ocupação hoteleira, desde semana passada, além de cancelamentos de reservas para o feriado de Corpus Christi. De acordo com Manoel Cardoso Linhares, presidente da ABIH, os destinos de negócios e o turismo rodoviário foram os mais afetados.

“Para o feriado, a expectativa é que o quadro de queda seja minimizado, já que com a normalização do abastecimento, é possível que muitos decidam viajar para destinos próximos na última hora”

No Nordeste, o Ceará teve uma média de 15% de cancelamentos nas reservas para o feriado de Corpus Christi. A Bahia e Alagoas registraram uma queda de 5% e, Pernambuco, de 7%. Belo Horizonte registrou uma queda de 30% na sua ocupação média da semana. O mesmo se deu com Brasília, Curitiba e Rio Grande do Sul, que também registraram uma queda de 30% de ocupação nesse período.

São Paulo, capital, registrou durante a semana cancelamento de reservas na ordem de 50% e para o feriado a expectativa é uma queda de 20%. No litoral paulista, 90% das reservas para o feriado forma canceladas, mas a expectativa é que esse número diminua consideravelmente com a normalização do abastecimento.

Na cidade do Rio de Janeiro, a expectativa de ocupação para o feriado permaneceu igual a do ano passado, em torno de 47%, quando a expectativa era uma recuperação na ocupação dos hotéis para o período de cerca de 3%. Já os destinos como a Região dos Lagos tiveram uma queda de cerca de 40% nas reservas, mas com a normalização do abastecimento, essa queda pode diminuir e alcançar 18%

Outro fator que atingiu a indústria de hotéis essa semana foi à aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei da reoneração da folha de pagamento que deixou o segmento da hotelaria fora dos 28 setores da economia beneficiados com a alíquota mais baixa até o fim de 2020.

Caso o projeto, que ainda precisa ser votado pelo Senado e sancionado pelo presidente, caso aprovado, a alíquota de imposto na folha salarial dos hotéis passará de 4,5%, sobre o faturamento, para 20% em cima do total da folha.

Para Linhares, o setor que está caminhando para uma recuperação, será atingido em cheio se onerado novamente: “A folha de pagamento responde por cerca de 35% dos custos da hotelaria e, caso o senado aprove essa lei, a conseqüência será de milhares de demissões, além do fechamento de diversos meios de hospedagem” conclui.

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