De acordo com a Belta (Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais), em 2014, cerca de 96 mil estudantes estrangeiros escolheram o Brasil para intercâmbio. São jovens interessados em cursos de graduação e estágios remunerados, em experiências como voluntário e no aprendizado do português, segundo a Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil (Abipe) e a Belta. Eles vêm de países como Estados Unidos e Alemanha e permanecem no Brasil de três meses a um ano.
Para o ministro do Turismo, Henrique Alves, “o intercâmbio é uma nova força para o mercado turístico brasileiro, promove a cultura de paz e divulga nosso país lá fora, já que os turistas desse segmento em geral disseminam as experiências no exterior”, disse. “Com a Copa do Mundo e a proximidade dos Jogos Olímpicos, o Brasil ficou em evidência – e cresceu ainda mais o interesse dos jovens pelo país”, disse.
Rafaela Rolim, da Belta, coordenadora da área responsável por trazer os estudantes estrangeiros para o Brasil, afirma que estabilidade econômica contribuiu para aumentar o desejo desses jovens pelo país. Para o segmento decolar, segundo ela, é preciso estimular a cultura de receber o estrangeiro em casa e facilitar a documentação e o visto para quem vem passar uma temporada de estudos.
O intercâmbio é benéfico ao turismo por três razões: ajuda a divulgar o país no exterior; os estudantes acabam prolongando a permanência no Brasil para fazer turismo; a estadia no país revela aos estrangeiros um novo Brasil – e amplia o conceito limitado de paraíso tropical. A troca de experiências ainda enriquece a formação de quem convive com esses estrangeiros no Brasil. O MTur apoia o intercâmbio, segmento que se destaca especialmente em períodos de baixo fluxo de visitantes. No ano passado, mais de 100 estudantes brasileiros participaram de um curso de turismo e hotelaria em universidades da Espanha e do Reino Unido, apoiados pelo MTur.