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Política

Seminário recebe 100 participantes e discute normas para Selo de Qualidade Turística

Apesar das chuvas intensas que assolaram o Rio de Janeiro; mais de 100 profissionais participaram hoje (06/04) do seminário Qualtur 2010 – Qualidade no Turismo. O evento; promovido pelo Ministério do Turismo (MTur); discutiu as premissas para estabelecer um Selo de Qualidade entre os prestadores de serviços turísticos brasileiros; e apresentou práticas de excelência aplicadas por outros países; como Chile e Espanha.

O Selo de Qualidade objetiva ser um instrumento para garantir a segurança; ampliação e modernização dos equipamentos e serviços turísticos e uma ferramenta de uso federal; conforme a regulamentação da Lei 11.637/07; adaptada às exigências da demanda e às características ambientais e socioeconômicas brasileira.

Durante o Qualtur 2010; Claudio Mauricio Loader; responsável pela Qualidade dos Serviços do Serviço Nacional de Turismo do Chile (Sernatur); disse que o país tem as mesmas normas nas suas 15 províncias. O Chile possui 12 mil prestadores de serviços turísticos registrados; sendo 3;5 mil hotéis; pousadas e hostais; para receber 2 milhões de turistas por ano. “No final dos anos 90; sentimos que a falta de regulamentação eficaz estava provocando baixa competitividade e falta de credibilidade”; disse Loader.

A partir de 2001; o Chile começou a discutir normas; culminando com a criação de um Selo de Qualidade seis anos depois. Hoje; o país possui 48 normas técnicas; sendo 17 para a área de hospedagem; 24 para o turismo de aventura; dois para agentes e operadores e cinco para guias de turismo. Cada norma possui um comitê técnico; que inclui empresários; representantes do poder público e consumidores. “O hotel ou prestador de serviço que não cumprir com as normas estabelecidas pode ser denunciado por propaganda enganosa; sujeito ao devido processo legal”; destacou Loader.

Já o diretor do Instituto para a Qualidade Turística Espanhola (ICTE); Fernando Fraile Garcia; ressaltou a diferença entre a classificação e a certificação. “Na Espanha; o hotel que abre é obrigado a ter classificação; mas a certificação é voluntária”; explicou Fraile Garcia. “A certificação é importante para o cliente; para os organismos oficiais e para as empresas certificadas; que são mais valorizadas pelos consumidores”; complementou.

A certificação espanhola já tem 15 anos e serve de modelo para vários países. A área de turismo possui hoje sete normas para sete atividades distintas; e a Espanha lidera um movimento de 60 países em busca de normas mundiais de qualidade. “No futuro; teremos normas de qualidade turística mundiais”; previu Garcia; anunciando que o próximo encontro deste grupo será entre 18 e 24 de abril em Foz do Iguaçu (PR).

Para o Diretor do Departamento de Estruturação; Articulação e Ordenamento Turístico do MTur; Ricardo Moesch;  a criação do selo “será um plus para que todos aqueles que trabalhem com serviços turísticos de qualidade”.  “O mercado necessita de uma padronização e um referencial destinado aos serviços turísticos; resguardando as peculiaridades de cada região”; resume Moesch.

“É o primeiro passo rumo à Copa de 2014”; acrescenta Álvaro de Mello; presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis. Para Mello; a Copa e a Olimpíada podem representar um salto de oito anos. “Podemos nos colocar como um grande destino turístico; ultrapassando o limite de cinco milhões de turistas estrangeiros por ano”; completou o presidente da ABIH.

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