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Feiras e Eventos / Turismo em Dados

Brasil, terra do ecoturismo: Sebrae aponta caminhos para crescimento sustentável até 2035

Mateus Alves, planejador de Futuros da Embratur e consultor envolvido na criação do estudo (Ana Azevedo/M&E) ECOTURISMO

Mateus Alves, planejador de Futuros da Embratur e consultor envolvido na criação do estudo (Ana Azevedo/M&E)

BONITO – A segunda edição do Inspira Ecoturismo, evento organizado pelo Sebrae-MS, que ocorre nesta quarta-feira (17), em Bonito no Mato Grosso do Sul, trouxe sete tendências e insights para auxiliar o setor turístico a utilizar o potencial ecoturístico nacional como atividade econômica rentável e sustentável por meio do crescimento ordenado.

“O Ecoturismo vai crescer até 2035 e vemos isso, principalmente porque há uma lata na busca por viagens que foquem no contato com a natureza. Quando fazemos um estudo, não dizemos qual caminho seguir, e sim, deixamos que escolham qual o caminho mais coerente, com potencial de ter estratégias traçadas e serem realmente colocadas em prática”

São elas: Segurança global; Crise ecológica; Valorização da saúde, bem-estar e natureza; Transição demográfica; Inovações tecnológicas; Engajamento das populações locais; e Adoção de práticas sustentáveis. Para tanto, o estudo realizado pelo Polo Sebrae de Ecoturismo, que traz a indagação “Como estará o nosso ecoturismo em 2035?” concluiu que haverá um crescimento na vertente, no entanto, a indagação é a forma como a qual isso se dará. Para entender, quatro cenários possíveis foram definidos: Nichos Pujantes; Brasil: Terra do Ecoturismo; Muitos Oásis Nacionais; e Devagar, quase parando.

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Resumo das sete tendências identificadas no estudo do Sebrae (Ana Azevedo/M&E)

“O Ecoturismo vai crescer até 2035 e vemos isso, principalmente porque há uma lata na busca por viagens que foquem no contato com a natureza. Quando fazemos um estudo, não dizemos qual caminho seguir, e sim, deixamos que escolham qual o caminho mais coerente, com potencial de ter estratégias traçadas e serem realmente colocadas em prática”, afirma Mateus Alves, planejador de Futuros da Embratur e consultor envolvido na criação do estudo.

Nichos Pujantes

Aqui, a filosofia utilizada é o dinamismo da economia brasileira, que embora impulsione o ecoturismo, não dissemina seus empreendedores e empreendimentos, fazendo com que apenas alguns aproveitem as oportunidades. Na configuração estabelecida, as características marcantes são a massificação de alguns destinos turísticos; o crescimento de pequenos polos de ecoturismo, de pouca qualidade; a diversificação insuficiente; práticas sustentáveis incipientes; e pouca atratividade para o turismo internacional.

No que tange aos riscos, há destaque para a ocupação do solo se faz em desfavor do ecoturismo e a concentração, massificação e degradação ambiental. É preciso, como apontado, intervir ativamente na disseminação na formação de empreendedores e qualificação de forca de trabalho e em políticas públicas com foco, avaliação e continuidade, em parcerias bem formuladas com o setor privado.

Brasil: Terra do Ecoturismo

Visto como o cenário ideal, aqui é apontado o aproveitamento das oportunidades do novo dinamismo econômico do Brasil, impulsionado pela governança do setor com uma forte parceria entre os setores públicos e privados. A proposição se caracteriza pela expansão dos polos e melhoria da qualidade, atraindo turistas estrangeiros e nacionais de renda alta, boas práticas de promoção, ampliando a diversificação da oferta, e pelo desenvolvimento de boas práticas de sustentabilidade.

“Quando trabalhamos com futuros e cenário, nunca usamos com pontos finais. Eu acredito que conseguimos sim, chegar ao cenário “Brasil Terra do Ecoturismo” com planejamento e Trabalho conjunto”

“Quando trabalhamos com futuros e cenário, nunca usamos com pontos finais. Com todos esses dados, o que queremos provocar e questionar, é: você, gestor público, empresário, agente de viagem, operador… vai ser um agente passivo ou ativo para a mudança do Turismo no Brasil? Eu acredito que conseguimos sim, chegar ao cenário “Brasil Terra do Ecoturismo” com planejamento e Trabalho conjunto”, compartilha.

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Mateus Alves, planejador de Futuros da Embratur e consultor envolvido na criação do estudo (Ana Azevedo/M&E)

Muitos oásis nacionais

O terceiro cenário está relacionado com um baixo crescimento econômico e sua representação como um desafio para o desenvolvimento das atratividades do ecoturismo, exigindo muita capacidade dos empreendedores e qualidade na governança para desenvolver alguns destinos.

Em sua configuração, o ecoturismo é apontado como nicho de crescimento médio ou baixo do fluxo turístico, concentrado em polos perto dos mercados consumidores; além de ter fortalecimento de alguns poucos polos de grande atratividade e alto custo; e a necessidade da melhoria da qualidade nos polos de sucesso.

O riscos são a falta de diversificação, aumentando a massificação e degradação ambiental, mesmo com uma demanda média e concentração dos benefícios econômicos. Para resolver tais problemáticas, é preciso intervir com a melhoria da governança, para acentuar a diversificação e a qualidade dos serviços, investimento em de créditos para os micro empreendimentos.

Devagar, quase parando

O último formato é constituído sob a premissa em que há um baixo crescimento econômico e a existência de poucos empreendedores criativos no setor do ecoturismo, dificultando o crescimento do ecoturismo e sua diversificação. Na configuração do cenário há pouco crescimento do fluxo de turistas, com crescimento dos polos que exigem maior poder aquisitivo e a alta do ecoturismo de proximidade.

São fatores de risco o não aproveitamento de oportunidades por falta de capacidade empreendedora, favorecendo atividades de degradação ambiental. É necessário investir na promoção das modalidades mais acessíveis do ecoturismo e na formação de empreendedores.

“Diante desse estudo, concluímos que a Governança, Infraestrutura, Segurança, disponibilização de Crédito e Investimento, além do desenvolvimento do empreendedorismo e da mão de obra qualificada e do Engajamento das populações locais aliadas às práticas sustentáveis e regenerativas nos destinos turísticos são postos-chaves a serem tratados pelas esferas pública e privada, porque é necessário um trabalho conjunto, a fim de realmente conseguirmos atingir o objetivo de ter uma atividade econômica ecoturística sólida, saudável e sustentável”, endossa.

Sinais de Mudanças

Vale destacar, que para se chegar ao estado de pleno desenvolvimento do Turismo no país, é preciso que haja mudanças em segurança pública, infraestrutura e serviços nos destinos, descentralização da demanda e oferta, a fim de promover a qualidade da experiência e do perfil do viajante, por meio da diversificação da promoção dos produtos disponíveis no mercado.

Para acessar ao estudo completo, bem como ter acesso a outros insights do Polo Sebrae de Ecoturismo, basta acessar ao site oficial.

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