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Aviação

Airbus está a décadas de recuperar custos de desenvolvimento do A380

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A380 está ganhando ares de ser o último modelo da antiga era de aeronaves

Quando o co-proprietário da antiga EADS, Jean-Luc Lagardere, reuniu uma multidão em Tolouse, na França, no dia 19 de dezembro de 2000, para anunciar o lançamento da maior aeronave comercial do mundo, imaginava que recuperar os custos milionários de desenvolvimento do A380 seria fácil. “Existe um mercado suficiente para a aeronave que transformará o mercado comercial de aviação”, disse ele, ao lembrar o que ocorreu com o B747.

Conheça o desafio da Airbus para manter o superjumbo no mercado comercial de aviação

Exatos 16 anos depois, o CEO da Airbus, Fabrice Bregier, agora tem uma tarefa bastante desagradável de alterar estas declarações. O A380 ainda está a décadas de recuperar seus custos de desenvolvimento e produção, e o mercado não é tão grande quanto os fundadores da EADS achavam que seria, empresa que foi renomeada para Airbus Group ainda em 2000. Como divulgado pelo M&E, por conta do marasmo do mercado a Airbus se viu obrigada em cortar drasticamente a produção do superjumbo, que atualmente é de 2.5 aeronaves por mês.

Agora, ao invés de ser classificada como a primeira aeronave da nova era da aviação comercial, o A380 está ganhando ares de ser o último modelo da antiga era de aeronaves, quando ter dimensões grandes era bonito e funcional. A maioria dos seus atuais clientes, como Lufthansa, British Airways e Qatar Airways, já afirmaram que não irão mais encomendar aeronaves do modelo, enquanto a Iran Air, que anunciou o memorando de entendimento para 12 A380s, não deve mesmo se comprometer em tornar o negócio firme.

A Airbus, no entanto, ainda se “pendura” no fato da Emirates ter que substituir sua frota atual de aeronaves, que crescerá para 142 aeronaves nos próximos anos. O diretor de Vendas da Airbus, John Leahy, por sua vez, insiste que “a aeronave é natural para o mercado”. Leahy acredita que as taxas de produção de 30 a 40 aeronaves por ano pode voltar a ser possível de acontecer. O medo é que a produção do superjumbo caia tanto que faria a Airbus  realocar seus funcionários ou até mesmo demitir as centenas de pessoas que lá trabalham. O diretor acredita que o “A380 veio para ficar. Estamos constantemente inovando e investindo na unidade”, disse.

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