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Redação ME

Agentes: interesseiros, não. Interessados, sim!

Muito se escuta no setor do Turismo que os agentes de viagens seriam profissionais desinteressados, atentos apenas quando algum benefício (leia-se prêmios e vantagens) lhes é oferecido em troca. Engana-se quem pensa assim. Neste início de março, dois grandes eventos, de duas operadoras (cobertos pela equipe do M&E e encartados em suplementos especiais nesta edição) mostram que os agentes estão sim em busca de qualificação e conhecimento, duas “armas” poderosas num cenário marcado por crise, falências e pelo fortalecimento das OTAs.

A Schultz reuniu na Costa do Sauípe quase 280 agentes. O número total de participantes chegou a 432 (superando os 350 previstos), e desse total, 90% permaneceram até o final. No último jantar, oferecido por Pernambuco, 389 pessoas compareceram. Os agentes de viagens aproveitaram a ocasião para fazer negócios, já que foram fechados 151 grupos durante a VII Convenção. Mais que isso, todos os profissionais que estiveram na Bahia durante os dias 3 a 6 de março, pagaram pelo transporte aéreo. Ou seja, desembolsaram uma quantia para ter como retorno uma única ferramenta: a capacitação.

Em entrevista ao M&E, o próprio Aroldo Schultz revelou que muitos o “alertaram” sobre a possibilidade da Convenção ser um fracasso, afinal, quem iria a um evento que não fosse 100% custeado pelo anfitrião? A resposta veio na alta procura dos agentes. Os que não confirmaram no prazo certo ficaram de fora. Para 2014, a empresa já pensa em aumentar as vagas num patamar que fique entre 400 a 600 convidados.

O Encontro Ancoradouro, realizado em Atibaia, no interior de São Paulo, também comprova minha teoria. No geral, cerca de 800 profissionais do Turismo nacional e internacional participaram do Encontro, que reuniu 39 fornecedores. Em 38 espaços individualizados, em média 13 agentes (por sala) assistiam a uma apresentação de 20 minutos de cada expositor. A palestra de abertura teve como tema principal dicas e informações destacando desde o perfil do cliente até as melhores estratégias para venda dos produtos.  Como não se interessar?

 

A verdade é que neste ambiente de incertezas, o agente de viagem deve participar de cada roadshow, workshop, encontro, feira e convenção. Não importa a denominação. O fato é que só vai sobreviver no mercado aquele que for além, que tiver mais conhecimento, que souber exatamente o que está vendendo e o que o consumidor procura. E isso não é novidade. Os exemplos da VII Convenção Schultz e do Encontro Ancoradouro mostram que esse profissional já sabe disso, e está correndo atrás do tempo perdido.

Natália Strucchi

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